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Vaticano está tranquilo quanto à segurança do papa na JMJ

Porta-voz da Santa Sé afirmou que Francisco não vai se utilizar de papamóvel blindado durante sua visita ao Brasil. E que está sereno quanto aos protestos

Por Da Redação
17 jul 2013, 10h40

“O Vaticano confia plenamente nas autoridades brasileiras, que saberão tomar as medidas necessárias” Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano

Embora a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) avalie as manifestações de rua como a principal “fonte de ameaça” à visita do papa Francisco ao Rio de Janeiro, o Vaticano informou nesta quarta-feira que o pontífice fará sua viagem ao Brasil com “total serenidade”. Em entrevista coletiva nesta manhã, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse, inclusive, que Francisco não utilizará no Rio o papamóvel blindado. Lombardi ressaltou que o papa tem conhecimento da onda de protestos no Brasil, mas sabe que as manifestações nada têm de específico contra ele ou a Igreja.

Lombardi afirmou que Francisco vai realizar seus trajetos no Brasil com o mesmo carro aberto de que se utiliza nos eventos na Praça de São Pedro. “Ele sente que, para se comunicar diretamente com as pessoas, é melhor assim”, disse Lombardi.

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Ainda segundo o porta-voz da Santa Sé, o Vaticano e o papa têm plena confiança na capacidade das autoridades do país para lidar com a situação. “O Vaticano confia plenamente nas autoridades brasileiras, que saberão tomar as medidas necessárias. No atual estágio, não esperamos inconvenientes para a Jornada. Todos irão compreender que a mensagem do papa é uma mensagem de solidariedade”, declarou.

Segundo a versão on-line do jornal O Estado de S. Paulo, Lombardi afirmou, ainda, que nem o roteiro nem a programação da viagem do papa foram alterados, mas que eventuais recomendações das autoridades brasileiras serão avaliadas.

O pontífice desembarcará no Brasil na próxima segunda-feira e será a principal atração da Jornada Mundial da Juventude, que reunirá centenas de milhares de católicos de diversos lugares do mundo. Lombardi ressaltou ainda que o cronograma da viagem do pontífice ao país foi enriquecido e intensificado por Francisco, que incluiu nele as visitas a Aparecida e à favela de Manguinhos. O projeto inicial, lembrou, havia sido feito para o agora papa emérito Bento VXI e era, portanto, mais “light”.

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Palácio Guanabara – Pelo Facebook, manifestantes convocam, para o dia 22, no Palácio Guanabara, um protesto durante a recepção que será oferecida pelo governo do estado ao papa Francisco. O evento, orçado em cerca de 1 milhão de reais, terá presença da presidente Dilma Rousseff, ministros e autoridades. A convocação para o ato informa que a manifestação terá com alvos: “os gastos públicos de 180 milhões com a visita do papa, o governador Sérgio Cabral e seu vice, Luiz Fernando Pezão, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Paulo Melo, a violência da polícia durante os protestos e o estado laico”.

O Guanabara foi cenário de batalhas recentes entre manifestantes e policiais, e, desde que eclodiu a onda de manifestações pelo país, tem a fachada protegida por duas fileiras de alambrados, com viaturas da Polícia Militar posicionadas nas esquinas próximas. Em um dos protestos, na semana passada, a porta de vidro da Casa de Saúde Pinheiro Machado foi quebrada, atingida por uma bomba de efeito moral. Para esta quarta-feira, está programado mais um protesto para a rua do governador Sérgio Cabral, no Leblon.

Segurança – O alerta vermelho da Abin quanto aos protestos foi destaque em um painel de monitoramento do Centro de Inteligência Nacional, na sede da agência em Brasília. Os “grupos de pressão”, caracterizados por mobilizações espontâneas por causas diversas, como os que agitam o país recentemente, receberam o alerta máximo de “possibilidade de incidente”.

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As outras “fontes de ameaça”, como incidentes de trânsito, crime organizado, organizações terroristas, movimentos reivindicatórios e criminalidade comum são caracterizadas pelas cores laranja (média possibilidade de incidentes) e verde (baixa possibilidade).

Apesar de estar atento às mobilizações sociais, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), José Elito Siqueira, afirmou que isso não será um problema para o evento. O painel de monitoramento é abastecido todos os dias com informações atualizadas sobre o que acontece no Brasil.

São Paulo – Diferentemente do Rio de Janeiro, a maior preocupação para a viagem do papa a Aparecida, no interior de São Paulo, são os movimentos reivindicatórios, com alerta laranja. Em seguida, vem os grupos de pressão e organizações terroristas, ambos com o alerta verde. Às 10h52 desta terça, o painel informava que “não há indício, até o momento, de manifestações na região do Santuário de Nossa Senhora Aparecida”.

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(Com agência France-Presse)

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