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Vale adulterou dados sobre volume de lama depositado, após rompimento de barragem

Um mês depois da tragédia, a mineradora modificou em documentos oficiais informações sobre o teor de concentração do minério que produzia em Mariana (MG), segundo jornal

Por Da Redação
31 Maio 2016, 09h27

Um relatório da Polícia Federal apontou que a Vale, uma das acionistas da mineradora Samarco, adulterou dados sobre o volume de lama que ela jogava na barragem de Fundão, que se rompeu em 5 de novembro do ano passado e matou dezenove pessoas na cidade mineira de Mariana. Segundo a edição desta terça-feira do jornal Folha de S. Paulo, a PF diz que o objetivo das mudanças era “iludir as autoridades fiscalizadoras”.

A informação de que a barragem de Fundão também continha lama da Vale foi revelada pela Folha vinte dias após o desastre. A acionista produzia dois tipos de rejeitos em Mariana: lama, que era depositada na barragem da Samarco, e arenosos, que iam para o reservatório de Campo Grande. Segundo a reportagem daquela época, a quantidade de lama da Vale correspondia a menos de 5% do total depositado em Fundão.

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Conforme mostrou o relatório da PF, em dezembro, um mês depois do desastre, a Vale modificou os últimos cinco Relatório Anuais de Lavra (RALs) que tinham sido enviados ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) – órgão da União – sobre a concentração do minério que produzia em Mariana. Com isso, o volume de lama lançado em Fundão ficou menor do que o informado inicialmente pela empresa. A polícia considera que foi justamente a elevada quantidade de rejeitos na barragem que causou sua ruptura.

Em nota enviada ao jornal, a Vale admitiu as alterações, mas disse que foram feitas “correções” e que todas as mudanças foram avisadas à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal. “Em momento algum a Vale tentou atrapalhar ou confundir qualquer ato realizado pelo órgão fiscalizador. Ao contrário, deu total transparência ao conhecimento a quem de direito”, disse.

Não é o que a PF diz: “Tal fato [adulteração] tem ocorrido para que a Vale se exima de suas responsabilidades com relação aos rejeitos depositados pela mesma na referida barragem [Fundão]”, diz trecho do relatório do órgão.

(Da redação)

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