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Vaccari nega desvios na Bancoop. Promotor diz que ele mentiu

Ex-tesoureiro do PT prestou depoimento nesta quarta-feira sobre esquema na cooperativa. Preso em Curitiba, ele chegou a Fórum em São Paulo com escolta

Por Da Redação
4 nov 2015, 19h01

Em depoimento nesta quarta-feira no processo criminal do caso Bancoop, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto negou as acusações do Ministério Público de que o dinheiro desviado da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo tenha abastecido o caixa do partido. Vaccari falou à juíza Cristina Ribeiro Leite Balbone Costa, da 5ª Vara do Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, por 2 horas e 15 minutos. Ele chegou ao local com escolta da Polícia Federal, trazido do Complexo Médico Penal de Pinhais, no Paraná, onde está preso por determinação do juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato. Após o depoimento, Vaccari voltou ao Paraná.

Segundo o promotor José Carlos Blat, Vaccari mentiu. “A Bancoop, como organização criminosa, serviu de embrião para outros escândalos que estamos vendo hoje estourarem pelo Brasil afora”, disse, em referência ao esquema desvendado pela Lava Jato ele. De acordo com o promotor, as irregularidades cometidas pela cooperativa “fomentaram não só o bolso de diretores como também campanhas políticas-partidárias”. Blat estimou o prejuízo aos cooperados em 100 milhões de reais. “Em seu direito de defesa, ele negou todas as acusações”, disse Blat.

O advogado Luiz Flávio D’Urso, que defende Vaccari, disse que seu cliente negou as irregularidades e deu todas “verdadeiras” explicações. “Construíram uma acusação totalmente improcedente contra a Bancoop e contra o Vaccari. Hoje ele teve a oportunidade, pela primeira vez, porque nunca foi ouvido durante as investigações e o processo, de prestar todos os esclarecimentos, demonstrando que a acusação é totalmente improcedente”, afirmou o advogado. “Inexiste qualquer doação da Bancoop para qualquer partido político. Isso é sonho do Ministério Público, que não se comprova de maneira alguma”, completou D’Urso.

Os interrogatórios desta quarta encerram a fase de instrução do processo, que corre sob segredo de Justiça. O depoimento de Vaccari se deu cinco anos depois da denúncia e nove anos depois de os então cooperados que esperavam por apartamentos e foram lesados formarem associações e começarem a apontar os desmandos e desvios de dinheiro na Bancoop.

(Com Agência Brasil)

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