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Vaccarezza não quer ida de Negromonte à Câmara

Líder do governo diz que acusações contra o integrante do PP são insuficientes para depoimento do ministro das Cidades ao Congresso

Por Gabriel Castro
22 ago 2011, 18h18

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse nesta segunda-feira que o ministro das Cidades, Mário Negromonte, não deve ir à Casa tratar das revelações trazidas por VEJA nesta semana. Parlamentares do PP acusam o ministro de oferecer 30.000 reais para comprar o apoio de deputados dentro da legenda à qual ele também é filiado.

“Não tem cabimento”, disse ele, em referência à ida do ministro à Câmara dos Deputados, como pretende o PPS. Para o petista, apesar de o governo ter aceitado recentemente a aprovação de convites a alguns ministros no Congresso, o titular das Cidades deve ser poupado.

Vaccarezza argumenta que, como não há provas de que a cooptação envolveria recursos públicos, não há motivos para inquirir Negromonte. “Não disseram que era dinheiro do governo. Poderia ser dinheiro do bolso do Mário Negromonte. É verídico esse assunto? Me parece que não é”, afirmou Vaccarezza – que, embora não tenha certeza sobre o assunto, não pretende liberar os deputados da base para votar a favor do esclarecimento das denúncias.

O líder do PSDB na Câmara, Alvaro Dias (PR), ironizou as afirmações de Vaccarezza: “Na época do Mensalão nós também ouvimos a mesma história. Ninguém tinha visto, ninguém sabia, e ao final concluíram que havia uma organização criminosa que tinha como objetivo um projeto de poder de longo prazo”, declarou.

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Apoio pago – A edição de VEJA desta semana detalha a guerra do PP, que já chegou aos ouvidos do Planalto. A briga é resultado de uma polarização entre Negromonte e Márcio Fortes, seu antecessor no Ministério das Cidades. Na formação do governo Dilma, Negromonte foi indicado mais por suas relações com o PT da Bahia do que pelo trânsito junto aos colegas de partido. Uma parcela do PP queria manter Fortes, ministro por mais de cinco anos no governo Lula. Há duas semanas, o grupo ligado ao ex-ministro conseguiu destituir da liderança do partido o deputado Nelson Meurer, aliado de Negromonte. Colocou no lugar dele Aguinaldo Ribeiro, aliado de Márcio Fortes.

Ao perceber o poder se esvaindo, Negromonte contra-atacou montando um bunker numa sala anexa ao seu gabinete, onde quatro aliados de sua inteira confiança – os deputados João Pizzolatti, Nelson Meurer, José Otávio Germano e Luiz Fernando Faria – tentam persuadir os deputados a se alinhar novamente com o ministro. Apenas na última terça-feira, doze parlamentares estiveram no ministério. Sob a condição do anonimato, três deles revelaram que ouviram a proposta da mesada de 30.000 reais em troca de apoio.

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