Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Uma pessoa é assassinada a cada dez minutos no Brasil

Anuário de Segurança Pública informa que 50.806 pessoas foram vítimas de homicídios dolosos em 2013. Já o total de mortes violentas chega a 53.646

Por Andressa Lelli
11 nov 2014, 11h54

(Atualizado às 17h22)

O Brasil registrou 50.806 assassinatos em 2013 – o equivalente a uma morte a cada dez minutos, informa o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2014, divulgado nesta terça-feira. Já o total de mortes violentas, que inclui, além dos homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, chegou a 53.646 no ano passado, um crescimento de 1,1% em relação a 2012.

Leia também:

Para 81% dos brasileiros, é fácil desobedecer leis no país

O Brasil precisa de uma nova polícia

Continua após a publicidade

Elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o relatório informa, ainda, que foram registrados 50.320 ocorrências de estupro em 2013. Como estudos internacionais indicam que apenas 35% das vítimas desse crime reportam a agressão à polícia, o documento estima que 143.000 pessoas tenham sido estupradas no país no ano passado.

Ainda segundo o levantamento, o número de presos no Brasil atingiu 574.207 em 2013. É o equivalente a uma cidade como Cuiabá (MT), que tem população de 575.480 habitantes. O déficit é de 220.057 vagas. Do total de presos, 215.639, ou 37,5% ainda aguardam julgamento. Os números não incluem detentos sob custódia das polícias. Um em cada quatro presos do país está detido por crimes relacionados a tráfico de drogas, enquanto 49% deles cumprem pena por crimes contra o patrimônio. Já os autores de homicídio são 12% da população carcerária.

Mortes em confrontos – Dados do relatório antecipados na segunda-feira mostram que 2.212 pessoas foram mortas no ano passado em confrontos com a polícia – uma média de seis mortes por dia. O número inclui mortes ocorridas em confrontos entre policiais e suspeitos, disparos acidentais e mortes resultantes de operações para desmantelar ações criminosas. O número é menor do que o verificado no ano anterior, quando 2.332 pessoas foram mortas em enfrentamentos com a polícia no Brasil.

Em relação à quantidade de policiais mortos, houve um aumento em 2013 na comparação com o ano anterior. Foram 490 mortes, 43 a mais do que 2012. A média no país é de um policial assassinado por dia. Desde 2009, 1.170 agentes foram mortos. A maioria das mortes (75,3%) ocorreu quando os policiais não estavam em serviço. O Rio de Janeiro é o Estado com maior número de casos, com 104, seguido por São Paulo (90) e Pará (51).

Continua após a publicidade

Custo da violência – Dados do anuário mostram ainda que a violência custa ao Brasil o equivalente a 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2013, o montante despendido em decorrência da escalada da criminalidade chegou a 258 bilhões de reais – a maior parte, 114 bilhões de reais, resultou da perda de capital humano. O documento traz na conta os gastos com serviços de segurança particular (39 bilhões de reais), seguros contra furtos e roubos (36 bilhões de reais) e com o sistema público de saúde (3 bilhões de reais) – o chamado custo social da violência.

Completam o quadro a verba destinada à manutenção de prisões e unidades de cumprimento de medidas socioeducativas (4,9 bilhões de reais), e os investimentos governamentais em segurança pública totalizando 61,1 bilhões de reais. No ano passado, o investimento público em segurança cresceu 8,65% no país – os gastos da União, Estados e municípios nesse quesito somam 1,26% do PIB. São Paulo foi o Estado que mais investiu em segurança: 9,27 bilhões de reais, 12,11% superior ao montante investido pelo governo federal, 8,27 bilhões de reais.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.