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UE anuncia plano anticrise com perdão de 50% da dívida grega

Por Da Redação
27 out 2011, 02h43

Bruxelas, 27 out (EFE).- Os líderes europeus finalmente acordaram seu plano para enfrentar a crise mais grave da história do euro, ao pactuar o perdão de 50% da dívida grega, reforçar o fundo de resgate com 1 trilhão de euros e recapitalizar os bancos.

O acordo foi forjado já na madrugada desta quinta-feira, após oito intensas horas de negociações em Bruxelas entre os representantes dos bancos credores e os líderes da zona do euro, estes comandados pela alemã Angela Merkel e o francês Nicolas Sarkozy.

O ponto mais complicado era conseguir que os bancos aceitassem o perdão de 100 bilhões de euros da dívida da Grécia, porque, se não fosse obtido um pacto voluntário, o provável calote grego desencadearia uma reação de contágio na zona do euro de proporções desconhecidas, segundo advertiram os analistas.

Mas, às 4h30 de Bruxelas (0h30 de Brasília), o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, anunciou o acordo.

‘Hoje, os membros da zona do euro deram um grande passo. São medidas excepcionais, para tempos excepcionais’, indicou o político português, satisfeito que após as diferenças e divisões das últimas semanas a União Europeia seja capaz agora de apresentar seu projeto para vencer a crise na cúpula do Grupo dos Vinte (G20, que reúne as economias ricas e as principais emergentes), entre 3 e 4 de novembro em Cannes.

O projeto consta de três pontos principais, planejados para restaurar a confiança do mercado e evitar que a crise contagie outros países da zona do euro.

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O primeiro deles é a aprovação de um segundo pacote de resgate à Grécia, que estará dotado de 130 bilhões de euros e será acompanhado pelo perdão de 50% da dívida contraída junto a bancos privados.

Para forjar o acordo, em uma iniciativa pouco habitual, os líderes deslocaram até Bruxelas o diretor do Instituto de Finanças Internacionais – a associação de bancos mais poderosa do mundo -, Charles Dallara, que negociou com Merkel, Sarkozy, a diretora do FMI, Christine Lagarde, e o presidente do Conselho Europeu. Herman Van Rompuy.

O segundo é a reconfiguração do atual Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), um instrumento dotado de 440 bilhões de euros mas que até agora demonstrou pouca efetividade para solucionar a crise.

O novo fundo de resgate terá capacidade de assegurar uma parte dos leilões de títulos de países periféricos, com o que multiplicará sua capacidade de atuação. Além disso, poderá abrir-se a capital externo de países emergentes como a China.

O último ponto é a recapitalização dos bancos europeus, que receberam o pedido para formar ‘costas mais largas’ a fim de suportar o impacto da crise grega sem perigo de desmoronar.

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A UE obrigará os 70 maiores bancos europeus a alcançarem antes de julho de 2012 um capital de máxima qualidade (‘core capital’) de 9%, o que os obrigará a obterem recursos no total de 106 bilhões de euros.

Depois da parte que caberá aos bancos gregos, o pior cenário ficará a cargo dos cinco grandes bancos espanhóis – Santander, BBVA, Popular, Caixabank e Bankia -, com necessidade de capitalização de 26 bilhões de euros.

Em geral, os bancos que estiverem envolvidos em processo de recapitalização não poderão repartir lucro via dividendos ou bônus para seus funcionários até que cumpram os objetivos requeridos.

No comunicado final da cúpula, os líderes da zona do euro elogiaram as reformas produzidas pela Espanha e o plano que a Itália apresentou nas últimas horas para por suas fianças em ordem. EFE

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