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Turista americana foi estuprada oito vezes na van do terror

Ministério Público entregou denúncia à Justiça contra os três acusados presos por violentar a jovem e espancar o namorado dela dentro do veículo

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
8 abr 2013, 20h01

“Eles mostraram frieza imensa e nenhum sinal de arrependimento durante as confissões”, destaca a promotora Márcia Colonese, da 32ª Vara Criminal do Rio

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou à Justiça nesta segunda-feira os três acusados do ataque a um casal de turistas dentro de um van no último dia 30. Com base nos relatos das vítimas, a promotora Márcia Colonese, da 32ª Vara Criminal, destaca que a americana de 21 anos foi estuprada oito vezes – algumas delas, por dois homens ao mesmo tempo. E enquanto um deles a violentava, os outros riram dos gritos de socorro dela. “Eles mostraram frieza imensa e nenhum sinal de arrependimento durante as confissões”, diz a promotora, ao site de VEJA.

Jonathan Froudakis de Souza, de 19 anos, Wallace Aparecido Souza Silva, de 21, e Carlos Armando Costa dos Santos, também de 21, foram presos na semana passada por policiais da Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat). Além do crime de estupro, Márcia pede na denúncia que eles respondam por roubo, extorsão mediante ameaça, corrupção de menor e formação de quadrilha. Como os delitos são continuados, a pena tende a ser maior, de acordo com a promotora que calcula de 40 a 60 anos de prisão, caso sejam condenados.

Leia: Por dentro da mente de um estuprador

“Trata-se de uma quadrilha de alta periculosidade. O que eles fizeram com a menina foi monstruoso, ultrajante, desprezível. Eles tinham intuito muito claro de praticar crimes sexuais”, destaca Márcia, acrescentando que, em 20 anos de profissão, nunca se abalou tanto com um crime. “Já vi todo tipo de homicídio, mas esse me afetou de forma diferente. Eu, como mulher, me coloquei no lugar dela. Ela é uma moça pequena, franzina e foi barbaramente violentada por três homens. Imagino o terror que essa moça viveu”. Por fim, a promotora pede: “A população carioca está pedindo justiça. As pessoas estão indignadas, com ódio visceral”.

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Promotora Márcia Colonese, da 32ª Vara Criminal do Rio
Promotora Márcia Colonese, da 32ª Vara Criminal do Rio (VEJA)

Jonathan responde pelos oito estupros, quatro como autor, e o restante como participante – por ter ajudado a segurar a vítima. Wallace, estuprou a americana duas vezes e participou das outras seis. Já Carlos, que entrou na van somente em Niterói, será responsabilizado por quatro abusos sexuais, dois como autor. No sábado, um menor de 13 anos foi apreendido por envolvimento no crime – e admitiu participação no roubo e na agressão ao namorado da americana, um francês de 22 anos, mas nega ter responsabilidade no estupro. A polícia ainda procura um quinto integrante da quadrilha, maior de idade.

Adolescente preso – O depoimento do adolescente revelou novos detalhes da noite do crime. Segundo o adolescente, que trabalhava como cobrador na van, os estupradores tentaram “negociar” a jovem com traficantes de uma favela, possivelmente na cidade de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. De acordo com o jornal O Globo, no período de seis horas em que mantiveram como reféns a jovem e seu namorado, um francês, os acusados passaram em uma favela onde deixaram um pacote. Eles ofereceram a americana como parte da “negociação’, mas o interlocutor rejeitou a proposta. O delegado Gilbert Stivanello, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que ouviu o menor, afirmou ainda que o homem teria rido da oferta.

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O menor também contou à Polícia Civil que, na noite do crime, os acusados tinham o objetivo de “caçar gringos”. Segundo o jovem, Jonathan, que conduzia a van, e Wallace avisaram que o objetivo, naquela noite, era capturar turistas em Copacabana. O grupo teria feito, segundo o menor, várias voltas por Copacabana, até que avistou o casal, que embarcou. Pouco depois, outros cinco jovens também entraram no veículo. Depois que foi anunciado o assalto, só os estrangeiros foram mantidos na van. Os cinco jovens que haviam embarcado foram liberados. Dois deles já reconheceram os acusados na Deat.

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