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TJ julga mais dois acusados pela morte de Celso Daniel

Mais de dez anos após o assassinato do ex-prefeito de Santo André, Itamar Messias dos Santos e Elcyd Oliveira Brito enfrentarão o júri nesta quinta-feira

Por Da Redação
16 ago 2012, 07h32

Começa nesta quinta-feira o julgamento de mais dois acusados pelo sequestro e assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT). O petista foi morto com oito tiros e seu corpo encontrado em uma estrada de terra, em janeiro de 2002. O julgamento de Itamar Messias dos Santos e Elcyd Oliveira Brito – denunciados por homicídio duplamente qualificado – está marcado para começar às 9h30, no Tribunal do Júri de Itapecirica da Serra. Outros quatro acusados de integrarem o bando responsável pela morte do ex-prefeito foram condenados pela Justiça. Em maio deste ano, mais de dez anos após o crime, Ivan Rodrigues da Silva, conhecido como Monstro, acusado de ser o líder entre os executores, foi condenado a 24 anos de prisão. José Edison da Silva, a 20 anos. Por ser menor de 21 anos na época do assassinato, Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho, recebeu pena de 18 anos. Marcos Bispo dos Santos, que serviu como motorista dos sequestradores, foi julgado em novembro de 2010 e condenado a 18 anos. Leia também:

Entenda o caso e conheça cada um dos envolvidos O julgamento do caso ocorreu uma década depois Entrevista: Bruno Daniel conta tudo De acordo com o Ministério Público, o bando foi contratado para matar o prefeito depois que Celso Daniel descobriu um esquema de corrupção montado na prefeitura de Santo André para financiar a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. Segundo a promotoria, Celso Daniel morreu porque, indicado como coordenador da campanha de Lula, passou a discordar da forma como a roubalheira municipal vinha sendo praticada.

O empresário Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sombra, amigo do prefeito morto, teria sido o mandante do crime. Beneficiado por um habeas corpus, ele responde em liberdade e até hoje não foi julgado. Sombra também entrou com um recurso para não ser acusado de participação no crime, mas teve a sentença confirmada pelos desembargadores. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o juiz responsável pelo caso aguarda apenas o retorno do processo ao tribunal para marcar a data do julgamento. O caso – Na noite do crime, Celso Daniel estava acompanhado de Sombra quando foi sequestrado na porta de um restaurante no bairro dos Jardins, em São Paulo. Os criminosos dispararam contra a Pajero blindada de Sombra, que alegou um defeito na trava do veículo – tese derrubada por uma perícia, que constatou perfeito funcionamento do equipamento. Dois dias depois do sequestro, o corpo do ex-prefeito foi encontrado com marcas de tortura e oito perfurações feitas por arma de fogo. A alegação da Promotoria de que o crime teria motivações políticas, devido à descoberta de um esquema de corrupção, confronta com a tese defendida inicialmente pela Polícia Civil de São Paulo – de que o ex-prefeito teria sido vítima de crime comum, com sequestro seguido de assassinato. Celso Daniel era coordenador do programa de governo durante a pré-campanha à Presidência, em 2001. Além do ex-prefeito, outras sete pessoas ligadas ao crime morreram em circunstâncias misteriosas, entre acusados, testemunhas, um agente funerário, um investigador e o legista do caso.

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