TJ do RJ decide que black blocs seguirão em liberdade
Desembargadores mantiveram decisão do magistrado Siro Darlan, que permitiu a Sininho e seus colegas responder processo em liberdade
A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve nesta terça-feira a decisão do desembargador Siro Darlan, que deu a 23 black blocs o direito de responder em liberdade às denúncias de associação criminosa armada. Além de Darlan, analisaram a questão as outras duas magistradas da corte, Márcia Bodart e Maria Angélica Guedes. Entre os beneficiados pela decisão estão Elisa Quadros, a Sininho, além da professora Camila Jourdan e do namorado dela, Igor D’Icarahy.
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O grupo de black blocs começou a ser procurado pela polícia no dia 12 de julho, véspera da final da Copa do Mundo, quando a Polícia Civil deflagrou a última etapa da operação para prender suspeitos de planejar crimes em protestos durante a partida. Uma semana depois, a prisão temporária foi convertida em prisão preventiva porque o juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal da Capital, entendeu que os acusados ofereciam perigo à ordem pública. O desembargador Siro Darlan, no entanto, considerou que não havia necessidade de prisão pelo crime de associação criminosa e deixou que todos sejam julgados em liberdade. Após o Ministério Público recorrer da decisão, o plenário da 7ª Câmara Criminal do TJ analisou a questão – e manteve o entendimento de Darlan.
Elisa, Camila e Igor deixaram a prisão em 24 de julho. O habeas corpus beneficia 23 black blocs, mas dois deles – Fábio Raposo e Caio Silva – continuam detidos porque restam contra eles ordens de prisão preventiva expedidas pelo assassinato do cinegrafista Santiago Andrade. Dezoito beneficiados estavam foragidos. Este é o primeiro processo no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro contra quadrilhas responsáveis por atos violentos em manifestações. A polícia diz ter obtido provas de que os 23 acusados praticaram atos violentos e planejavam novos crimes ao término da Copa do Mundo.