Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Tiroteio em São Conrado: testemunha afirma que PMs receberam propina para deixar quadrilha circular

Homem cuja identidade é mantida em sigilo afirma que presenciou diálogo sobre pagamento de 60 mil reais a policiais militares do batalhão do Leblon

Por Da Redação
27 ago 2010, 15h53

Por trás das cenas assustadoras de tiroteio e invasão de um hotel na zona sul do Rio, no último sábado, começam a surgir suspeitas de um conhecido – e até o momento insolúvel – problema da segurança pública na cidade: a corrupção policial. O relato de um homem cuja identidade é mantida em sigilo levanta suspeitas de pagamento de propina a policiais militares do batalhão do Leblon, na zona sul do Rio – unidade encarregada do patrulhamento do bairro de São Conrado – para que, naquela madrugada, os traficantes em trânsito entre os morros do Vidigal e da Rocinha não fossem incomodados. Se a denúncia se confirmar, a conclusão será a de que o confronto armado que deixou uma pessoa morta e seis feridas foi fruto de um ‘mal-entendido’ entre policiais que receberam o dinheiro e os que desconheciam o acordo sinistro.

Em uma denúncia feita à Rádio Bandnews FM, na quinta-feira, o homem afirma que o grupo de traficantes que deixou o Morro do Vidigal em direção à Rocinha havia pago 60 000 reais a PMs para poder circular livremente naquela noite, por causa de um baile funk.

A Polícia Militar solicitou a íntegra da gravação à rádio para investigar o teor das denúncias e a veracidade das informações. “Os caras tinham dado naquela noite 60 000 para eles aliviarem porque tinha baile”, disse o homem, que afirmou ainda que há uma entrega de dinheiro semanal do tráfico para policiais do 23º BPM (Leblon).

De acordo com as informações divulgadas pela rádio, o depoimento é de uma das 35 pessoas que ficou refém do bando na invasão da cozinha do hotel. O homem afirma ter ouvido dados sobre os pagamentos nas conversas entre os traficantes e relatou também que, dentro do hotel, os criminosos manifestavam preocupação com a possibilidade de o traficante Nem (Antônio Bonfim Lopes, que comanda a quadrilha que atua na Rocinha) ter sido capturado. Ao saberem, por telefone, que Nem tinha escapado, o bando comemorou.

O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, admitiu que Nem teria participado do tiroteio na manhã de sábado. No episódio, uma mulher, que segundo a polícia integrava a quadrilha, morreu baleada. Seis pessoas ficaram feridas sem gravidade – quatro delas policiais militares.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.