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Temer recebe Cunha para discutir ‘quadro político’

Sucessão da presidência da Câmara teria sido a pauta do encontro que ocorreu entre os dois peemedebistas neste domingo

Por Da Redação
28 jun 2016, 10h15

Réu em dois processos na Operação Lava Jato, com um pedido de prisão ainda para ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e lutando para salvar o seu mandato, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi recebido neste domingo pelo presidente da República em exercício, Michel Temer. Segundo interlocutores de Temer, que confirmaram o encontro, o presidente interino abriu as portas do Palácio do Jaburu para os dois fazerem “uma avaliação do quadro político atual”. A reunião teria sido uma iniciativa de Cunha, que telefonou para Temer pedindo a conversa reservada.

Procurado, Cunha negou o encontro nesta segunda-feira. “Não estive com ele ontem. Eu não confirmo.” Apesar da negativa, o presidente afastado da Câmara disse que “era normal” a reunião e que a fazia “com regularidade”.

Além das implicações de Cunha na Lava Jato e suas possíveis consequências para o governo Temer, o Planalto também se preocupa com a sucessão na presidência da Câmara dos Deputados. O governo teme que um racha entre os aliados para a disputa prejudique a governabilidade na Casa e atrapalhe votações de seu interesse. Nos dois casos, entretanto, até agora o esforço de Temer era adotar um discurso de que o assunto é do Legislativo e não pode sofrer interferência do Executivo.

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O governo, porém, tem todo o interesse que o escolhido seja alinhado com o Planalto, para facilitar o andamento das propostas, embora tanto a Câmara quanto o Senado tenham aprovado todos os projetos até agora.

Em entrevista na sexta-feira passada, Temer disse que Cunha não o atrapalhava em “absolutamente nada” e que era “claro” que os dois conversavam. “Aqui no Brasil há esse preconceito. Acha que não se pode falar com ninguém”, disse o presidente em exercício. Temer e Cunha já se encontraram pelo menos três vezes desde que ele assumiu a Presidência interinamente, no dia 12 de maio. No encontro mais recente, a sucessão na Câmara entrou na pauta. Temer tem pressa em uma solução na Casa, embora, oficialmente, o discurso seja de distanciamento.

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O presidente em exercício teria surpreendido com o número de candidatos à presidência da Câmara. Cunha está afastado do mandato como deputado e consequentemente da presidência da Câmara desde o início de maio. Apesar de trabalhar para evitar a cassação de seu mandato, Cunha tem atuado intensamente para influenciar diretamente na escolha de seu sucessor na função.

Caso o peemedebista saia do cargo, pela legislação, uma nova eleição precisará ser convocada para um “mandato tampão”, até que, em fevereiro do ano que vem, um novo deputado seja eleito para um novo mandato de dois anos.

(Com Estadão Conteúdo)

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