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Temer não pode ser presidente de uma facção do PMDB, diz Renan

Presidente do Senado falou nesta quarta sobre eleição para o comando da sigla. Ele fechou acordo na terça-feira para recondução do vice-presidente do cargo

Por Da Redação
3 fev 2016, 17h20

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta que apoia a reeleição do presidente do partido, o vice Michel Temer, desde que todos os segmentos da legenda estejam representados na chapa. Renan e Temer conversaram nessa terça pessoalmente pela manhã e fecharam um acordo para que o vice continue à frente do PMDB pelos próximos dois anos.

No encontro, ficou acertado que, na convenção partidária marcada para março, haverá o lançamento de uma chapa única e o grupo peemedebista ligado a Renan dividirá com aliados de Temer os principais cargos da Executiva da legenda. Os dois trocaram uma série de acusações públicas sobre a condução do partido no final do ano passado.

Em entrevista na entrada do seu gabinete, Renan disse que apoia a continuidade de Temer, mas destacou que é necessário reunificar o partido. “Que o presidente seja presidente do PMDB e não de uma facção. Para isso é preciso que a chapa expresse a unidade”, disse o senador.

O presidente do Senado negou, porém, que já tenha acertado a formação de uma chapa única. Renan disse apenas ter defendido no encontro com Temer que a direção do PMDB precisa ser representativa, o que, frisou, é sabido por ambos. “Foi uma boa conversa, enfocamos de lado a lado a necessidade da unidade partidária e eu fiz questão de dizer que a pior sinalização que o PMDB poderia dar neste momento era, ao invés de colaborar, como cobra a sociedade, para a solução dos problemas do Brasil, se voltar para uma disputa interna, para uma guerrilha interna. Isso era inconcebível”, afirmou.

Uma das reclamações do grupo de Renan era que, na atual composição, aliados de Temer têm assento na Executiva do PMDB mesmo sem ter mandatos eletivos pelo partido. Questionado se isso é uma exigência para integrar a futura chapa, ele disse não ter tratado sobre isso na conversa. “Nós tratamos da necessidade de unir o partido, de ter uma chapa representativa e de o PMDB sinalizar no sentido de que, no momento em que o PMDB precisa ajudar a resolver o problema do Brasil, não vai se voltar para uma questiúncula interna”, concluiu.

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Pelo acerto, a tendência é que a nova composição da cúpula do PMDB pelos próximos dois anos tenha, além da permanência de Temer, o senador Romero Jucá como o 1º vice-presidente do partido, cargo hoje ocupado pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que pode ser deslocado para outra vice-presidência. O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), deve permanecer na tesouraria do partido, posto em que está há 10 anos. Outros cargos da direção serão partilhados por aliados dos dois líderes.

Antes do acordo, os aliados do presidente do Senado reclamavam que Temer teria se aliado ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para patrocinar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, de quem Renan é aliado, e alijado os senadores do partido da discussão.

Contudo, no último dia 12, pessoas ligadas a Renan admitiram que o avanço da Operação Lava Jato contra o peemedebista dificultava a viabilização de um nome para rivalizar com o atual presidente do partido. Renan é alvo de seis inquéritos da operação e Jucá, nome que era mais cotado para concorrer contra Temer, também é investigado na operação.

(Com Estadão Conteúdo)

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