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Suspeita surgiu na festa de aniversário de Lula

Ex-presidente se queixou ao médico particular de rouquidão e foi orientado a passar por bateria de exames, que apontaram câncer na laringe

Por Beatriz Ferrari e Natalia Cuminale
29 out 2011, 16h33

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva submeteu-se a exames no Hospital Sírio-Libanês por recomendação do seu médico particular, Roberto Kalil Filho. Na festa em que comemorou 66 anos, quinta-feira, Lula se queixou ao cardiologista de rouquidão e dor de garganta e foi orientado a procurar logo o hospital. Na sexta-feira, Lula começou a bateria de exames. No sábado, o diagnóstico: câncer na laringe.

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Segundo Artur Katz, oncologista do Hospital Sírio-Libanês e também médico de Lula, o tumor é pequeno e localizado – o que significa que não deve se espalhar pelo organismo. O tratamento começa na semana que vem com sessões de quimioterapia e deve incluir também radioterapia. O médico acredita que o tratamento vai durar cerca de três meses.

Lula terminou o último dos exames, uma endoscopia, por volta das 14 horas e passou o resto da tarde e o início da noite descansando do procedimento. Ficou entubado, mas acordado, acompanhado da mulher, Mariza Letícia, e recebeu a visita do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Pouco depois das 20h30, deixou o hospital sem falar com o imprensa e foi para seu apartamento em São Bernardo do Campo.

Lula deixa o Hospital Sírio Libanês depois de ser diagnosticado com câncer na laringe
Lula deixa o Hospital Sírio Libanês depois de ser diagnosticado com câncer na laringe (VEJA)

Mantega contou aos jornalistas que o câncer de Lula está em fase inicial e que não há metástase – o que não consta do breve boletim médico divulgado pelo hospital. Mantega também esteve com Lula na festa de aniversário, na quinta-feira. “Ele estava mesmo rouco”, disse. “Mas como dá muita palestra, achei normal”.

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Ao saber do diagnóstico, a presidente Dilma Rousseff divulgou uma nota desejando rápida recuperação ao padrinho político: “Em meu nome e de todos os integrantes do governo, junto-me neste momento ao carinho e à torcida de todo o povo brasileiro pela rápida recuperação do presidente Lula”.

Preocupação – O ex-presidente demonstrou preocupação ao receber o diagnóstico dos médicos, conforme o relato de um dos presentes. Fez várias perguntas sobre a doença, como acontece usualmente com pacientes de câncer. E mostrou disposição para o tratamento por quimioterapia, opção que deixou a critério dos médicos.

Fator de risco – De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tabagismo é o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de laringe. Lula foi fumante por cinco décadas, mas Artur Katz diz que não é possível afirmar que esta foi a causa do tumor. “O risco de câncer na laringe é maior entre fumantes, mas algumas vezes a doença tem outras causas, como o vírus HPV”, disse.

A laringe é um órgão situado na garganta, entre a traqueia e a faringe, que abriga as cordas vocais. O câncer de laringe representa cerca de 25% dos tumores na cabeça e pescoço.

Histórico – A saúde de Lula já lhe rendeu sustos no passado. Em janeiro de 2010, o ex-presidente teve uma crise hipertensiva que o levou a ficar internado por um breve período e a cancelar uma viagem para participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. À época, por conta do desconforto, Lula tentou mais uma vez abandonar o tabagismo.

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