STJ nega pedido de liberdade a ex-tesoureiro do PT
Preso pela PF na Operação Lava Jato, João Vaccari Neto tem mais um pedido de libertação negado pela segunda instância da Justiça
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedido de liberdade apresentado pela defesa de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro nacional do PT, preso na Operação Lava Jato. Vaccari está na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 15 de abril, quando teve sua prisão preventiva decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância. O pedido de Vaccari foi negado pelo desembargador convocado, Newton Trisotto, na última sexta-feira.
De acordo com Trisotto, a prisão preventiva de Vaccari é cabível “como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria, como decidiu o juízo de Curitiba”.
O ex-tesoureiro petista já teve outro pedido de liberdade negado, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
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O ex-tesoureiro do PT se tornou réu na Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Na denúncia contra Vaccari, o Ministério Público Federal (MPF) apontou que foram repassados 4,26 milhões de reais por empreiteiras ao PT entre outubro de 2008 e março de 2012. Os valores foram pagos a pedido do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, também preso na Lava Jato, e contou com o intermédio de Vaccari. Ele também responde por ter direcionado 2,4 milhões de reais em propinas para pagamento de uma gráfica ligada ao partido.
O advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D’Urso, contudo, argumenta que a prisão de Vaccari “se apoiou em declarações falsas prestadas por Alberto Youssef, Pedro Barusco e Augusto Ribeiro Mendonça Neto” – os três delatores do petrolão. O advogado do tesoureiro disse ainda que, como as delações de Youssef e de Barusco foram prestadas no final do ano passado, “não haveria fatos novos capazes de justificar a decretação da prisão preventiva neste momento”.
(Com Estadão Conteúdo)