A 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta quinta-feira pedido de liberdade ao deputado cassado e mensaleiro Pedro Corrêa, condenado a mais de 20 anos de prisão por envolvimento na Operação Lava Jato. Segundo o relator do caso, ministro Ribeiro Dantas, “a manutenção do ex-deputado em liberdade oferece riscos às investigações” sobre o escândalo do petrolão. Segundo a acusação, Corrêa embolsou 11,7 milhões de reais em propina do esquema de corrupção na Petrobras. Em apenas uma das 72 práticas de corrupção penalizadas pela Justiça, o ex-parlamentar recebeu 2,03 milhões de reais. Conforme revelou VEJA, Pedro Corrêa começou a negociar um acordo de delação premiada com o Ministério Público para levar novos nomes à Lava Jato. Ele já disse aos procuradores, por exemplo, que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff não apenas sabiam da existência do petrolão como agiram pessoalmente para mantê-lo. Corrêa também contou que o esquema nasceu numa reunião realizada no Planalto com a participação dele, de Lula, de integrantes da cúpula do PP e dos petistas José Dirceu e José Eduardo Dutra – à época, ministro da Casa Civil e presidente da Petrobras. Conforme a Lei 12.850/2013, em caso de delação firmada depois da sentença, a pena pode ser reduzida até a metade ou admitida a progressão de regime. (Laryssa Borges, de Brasília)
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