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STF nega pedido de Cunha para manter sigilo de investigação sobre contas na Suíça

Defesa do presidente da Câmara alegava que as informações foram repassadas à Justiça brasileira por um acordo de cooperação internacional

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 out 2015, 10h58

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que tramitassem em sigilo as investigações sobre as contas secretas que ele mantinha na Suíça e que, segundo o Ministério Público, foram abastecidas com dinheiro do petrolão. A defesa de Cunha alega que as informações sobre as contas bancárias foram repassadas a autoridades brasileiras por meio de um acordo de cooperação internacional e que, por isso, o caso deveria ser sigiloso. Os advogados do peemedebista também criticam o que consideram a exposição do parlamentar e de seus familiares com o pedido de abertura de inquérito, e atacaram o vazamento das informações que comprovariam que Cunha, sua mulher Cláudia Cruz e a filha Danielle Cunha utilizaram dinheiro desviado da Petrobras para fins particulares.

Na última semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) protocolou no Supremo Tribunal Federal um novo pedido de abertura de inquérito contra Eduardo Cunha. O peemedebista, que agora é alvo de um pedido de cassação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, já havia sido denunciado pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, por suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

No caso das contas secretas na Suíça, as autoridades de investigação do país europeu bloquearam o saldo bancário e remeteram os indícios de irregularidades ao Ministério Público brasileiro. Parte dos recursos, segundo os investigadores, foi utilizado para pagar despesas da esposa do parlamentar em uma escola de tênis nos Estados Unidos.

Embora negue ter recebido propina ou manter contas secretas no exterior, Eduardo Cunha foi citado diversas vezes por delatores e investigados na Lava Jato. O engenheiro João Augusto Henriques, por exemplo, apontado pelo Ministério Público como um dos operadores do PMDB na Lava Jato, foi um dos investigados no petrolão que citou o peemedebista Cunha como um dos beneficiários de dinheiro em contas secretas no exterior.

À Justiça, o lobista Julio Camargo, que atuou a favor da empresa Toyo Setal, afirmou que o deputado pediu 5 milhões de dólares do propinoduto da Petrobras em um contrato de navios-sonda. O ex-gerente da Área Internacional da Petrobras Eduardo Musa também afirmou que cabia a Cunha dar a “palavra final” nas decisões da diretoria Internacional – na época, a área era comandada pelo réu no petrolão Jorge Zelada.

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