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STF autoriza transferência de Dirceu para Curitiba

Ministro Luís Roberto Barroso atende pedido de Sergio Moro e determina que petista seja levado para cidade da Lava Jato

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 ago 2015, 20h39

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, relator do processo do mensalão, autorizou na noite desta segunda-feira a transferência do ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, de Brasília (DF) para Curitiba (PR). Dirceu foi preso na 17ª fase da Operação Lava Jato e levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Os demais presos, incluindo o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo, já foram levados para a capital paranaense.

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Apesar da decisão do ministro Barroso, Dirceu vai passar a noite na capital federal. O deslocamento será realizado nesta terça-feira – ainda não há um horário previsto. De acordo com o delegado responsável pela prisão do ex-ministro, Luciano Flores de Lima, não havia mais condições logísticas para a transferência na noite desta segunda.

O delegado disse que Dirceu chegou à PF se queixando de mal-estar. Um médico da confiança do ex-ministro constatou pressão alta. Lima informou também que Dirceu se alimentou como os demais presos, com a diferença de que sua comida estava sem sal, devido ao diagnóstico. Segundo o delegado, não foi preciso realizar o exame de corpo de delito, porque o médico que examinou Dirceu emitiu um atestado que substitui o exame. O ex-chefe da Casa Civil de Lula recebeu a visita de sua companheira, Simone Patricia Tristão Pereira, que levou roupas, inclusive de cama.

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Prisão domiciliar – A transferência de Dirceu precisou de aval do STF porque ele cumpria em regime domiciliar a pena a que foi condenado por corrupção ativa no julgamento do mensalão. A exemplo do que já havia acontecido com o ex-deputado Pedro Correa (PP-PE), penalizado no mensalão e investigado na Lava Jato, Barroso entendeu que o ex-homem forte do governo Lula pode ser levado para o Paraná, onde tramitam os processos de investigados sem direito a foro privilegiado. “Entendo que a concentração dos atos de apuração criminal no foro do juízo que supervisiona o inquérito é perfeitamente justificável, na medida em que é lá que se encontram em curso as investigações”, disse Barroso em seu despacho.

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Nove meses após deixar o presídio da Papuda para cumprir prisão domiciliar, o ex-ministro-chefe da Casa Civil e mensaleiro condenado foi preso preventivamente pela Polícia Federal. O nome desta fase da Lava Jato – “Pixuleco” – faz referência justamente ao termo que o então tesoureiro do PT João Vaccari Neto usava para se referir ao dinheiro de propina com que a empreiteira UTC abastecia o caixa do PT. Foram presos também o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, na cidade paulista de Ribeirão Preto, e o carregador de malas do petista, Bob Marques .

A já complicada situação de José Dirceu se deteriorou ainda mais depois que os ex-companheiros do petista, que por anos o abasteceram com dinheiro, acabaram como delatores do petrolão e reforçaram os indícios de participação do petista no esquema que fraudou mais de 6 bilhões de reais em contratos. Além de Pascowitch ter apontado o caminho que levou à prisão do ex-ministro, outros depoimentos sobre os tentáculos do PT não deixam de ser menos espantosos: o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco estimou que o PT recebeu até 200 milhões de dólares em dinheiro sujo do esquema, enquanto o ex-vice-presidente comercial da gigante Camargo Corrêa, Eduardo Leite, afirmou às autoridades que a empresa pagou 63 milhões de reais para a diretoria de Serviços, então comandada por Renato Duque, aliado de Dirceu, e outros 47 milhões de reais para a Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

Luiz Eduardo Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro José Dirceu, preso na 17ª fase da Operação Lava Jato, chega à sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR) - 03/08/2015
Luiz Eduardo Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro José Dirceu, preso na 17ª fase da Operação Lava Jato, chega à sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR) – 03/08/2015 (VEJA)
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