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SP começa período de estiagem com estoque 34% menor que em 2014

Há 589,52 bilhões de litros disponíveis nos seis sistemas, para abastecer cerca de 20 milhões de pessoas

Por Da Redação
31 mar 2015, 09h53

A Grande São Paulo entra na temporada de estiagem, nesta quarta-feira, com um estoque de água 34% menor do que há um ano, quando a situação já era crítica no Sistema Cantareira. Na época, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu o uso do volume morto do manancial e do racionamento na distribuição para evitar o colapso do abastecimento em 2014. Historicamente, o período de pouca chuva vai de abril a setembro no Sudeste.

Na terça-feira, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), há 589,52 bilhões de litros disponíveis nos seis sistemas para abastecer cerca de 20 milhões de pessoas, ante 893,6 bilhões de litros acumulados em 31 de março de 2014. O cálculo inclui as cotas do volume morto dos sistemas Cantareira e Alto Tietê, que naquela época ainda não haviam sido incorporadas na capacidade total dos mananciais da região.

A situação poderia ser bem pior não fossem as chuvas de fevereiro e março, que ficaram acima da média histórica e ajudaram a recuperar uma parcela dos dois maiores mananciais, Cantareira e Alto Tietê – os mais comprometidos. Na temporada chuvosa, que termina neste terça-feira, o estoque de água armazenada para a Grande São Paulo subiu 260 bilhões de litros, enquanto que na temporada anterior, de outubro de 2013 a março de 2014, o saldo ficou negativo em 360 bilhões de litros. Para evitar o esgotamento dos dois mananciais durante o período de estiagem deste ano e manter o abastecimento de água na Grande São Paulo sem decretar rodízio oficial, a Sabesp pretende reduzir mais a retirada do Cantareira e levar água da Represa Billings para o Alto Tietê.

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Segundo a companhia, mais 6.000 litros por segundo serão adicionados ao sistema integrado de abastecimento para suprir a redução do Cantareira, dos quais 4 mil litros por segundo serão por meio da ligação do Braço Rio Grande, da Billings, com a Represa Taiaçupeba, do Alto Tietê. A obra será feita com contratos emergenciais, sem licitação, ao custo total estimado em 130 milhões de reais. A previsão é de que fique pronta em julho deste ano. Para não secar o Braço Rio Grande, que tem 10% do tamanho do Cantareira, a Sabesp vai captar água do Braço do Rio Pequeno, que é ligado à parte poluída da Billings.

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Volume morto – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu nesta segunda-feira que o Sistema Cantareira não conseguirá repor o volume morto até o fim do mês de abril. O manancial, na verdade, deve encerrar o próximo mês com 6% abaixo de zero, ou seja, ainda na reserva profunda, como mostra projeção feita pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).

“Poderemos atingir um total armazenado em torno de 420 bilhões de litros, ao fim de abril, 65 bilhões de litros abaixo do ‘zero’ do volume útil por gravidade”, afirmou o superintendente do DAEE, Ricardo Borsari, em ofício encaminhado ao presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, no dia 20 deste mês. Os dois órgãos são responsáveis pela gestão conjunta do Sistema Cantareira. Borsari diz que a projeção considera a manutenção das atuais condições de entrada de água (60% das médias mensais históricas) e retirada (10.000 litros por segundo), como ocorre desde fevereiro.

(Com Estadão Conteúdo)

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