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‘Só vou falar sobre o que posso provar. E posso provar muita coisa’, diz contadora de Youssef

Na véspera de ser ouvida na Câmara dos Deputados no processo contra o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), Meire Poza, contadora do doleiro Alberto Youssef, indica que Brasília terá uma manhã atribulada nesta quarta

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 ago 2014, 17h12

O Congresso Nacional deverá ter uma quarta-feira agitada. A contadora Meire Bonfim Poza, que trabalhava para o doleiro Alberto Youssef, cabeça de um grupo acusado de lavar 10 bilhões de reais de dinheiro desviado de obras públicas e destinada a enriquecer políticos corruptos – e corromper outros – será ouvida, às 10 horas, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. “Só vou falar sobre o que posso provar. E posso provar muita coisa”, afirmou Meire Poza ao site de VEJA nesta terça.

Em entrevista a VEJA desta semana, Meire Poza revelou que parlamentares do PT, PMDB e PP participavam das tramas criminosas. Na sessão de amanhã do colegiado, comparecerá como testemunha do processo de cassação do mandato do deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), convocada pelo relator do caso, Marcos Rogério (PDT-RO). No depoimento à Polícia Federal, ela forneceu cópias de documentos e identificou contratos públicos simulados envolvendo grandes empreiteiras. No caso de Argôlo, afirmou que o deputado era sócio de Alberto Youssef.

Meire Poza é considerada uma testemunha-chave da Operação Lava Jato. Além de Argôlo, ela apontou nomes de outros parlamentares que mantinham negócios clandestinos com Youssef, como os deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP), André Vargas (ex-PT-PR) e o senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL).

Se relatar tudo o que viu, ouviu e fez, Meire Poza dará uma grande contribuição nesta quarta-feira para a identificação de políticos corruptos.

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Três políticos no bolso de Youssef

Deputado André Vargas (sem partido) – “O André Vargas ajudou o Beto a lavar 2,4 milhões de reais. Como pagamento, ele ganhou uma viagem de jatinho. Eu mesma fiz o pagamento”
Deputado André Vargas (sem partido) – “O André Vargas ajudou o Beto a lavar 2,4 milhões de reais. Como pagamento, ele ganhou uma viagem de jatinho. Eu mesma fiz o pagamento” (VEJA)
“O André Vargas ajudou o Beto a lavar 2,4 milhões de reais. Como pagamento, ele ganhou uma viagem de jatinho. Eu mesma fiz o pagamento”

Deputado André Vargas (sem partido)

Senador Fernando Collor (PTB) – “O Beto fez os depósitos para o ex-presidente Collor a pedido do Pedro Paulo Leoni Ramos (ex-auxiliar do senador e também envolvido com o doleiro). Ele guardava isso como um troféu”
Senador Fernando Collor (PTB) – “O Beto fez os depósitos para o ex-presidente Collor a pedido do Pedro Paulo Leoni Ramos (ex-auxiliar do senador e também envolvido com o doleiro). Ele guardava isso como um troféu” (VEJA)
“O Beto fez os depósitos para o ex-presidente Collor a pedido do Pedro Paulo Leoni Ramos (ex-auxiliar do senador e também envolvido com o doleiro). Ele guardava isso como um troféu”

Senador Fernando Collor (PTB)

Deputado Cândido Vacarezza (PT) – “O Vacarezza precisava pagar dívidas de campanha. Um assessor dele me procurou em 2011 para apresentar um negócio com fundos de pensão no Tocantins”
Deputado Cândido Vacarezza (PT) – “O Vacarezza precisava pagar dívidas de campanha. Um assessor dele me procurou em 2011 para apresentar um negócio com fundos de pensão no Tocantins” (VEJA)
“O Vacarezza precisava pagar dívidas de campanha. Um assessor dele me procurou em 2011 para apresentar um negócio com fundos de pensão no Tocantins”

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Deputado Cândido Vacarezza (PT)

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