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Site do IBGE permanece fora do ar após ataque de hackers

Assessoria do órgão afirma que o banco de dados da instituição não foi afetado

Por Da Redação
24 jun 2011, 09h38

A página na internet do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) permanece fora do ar na manhã desta sexta-feira, após ser invadida por hackers durante a madrugada. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o ataque atingiu apenas a homepage do site e não afetou o banco de dados do IBGE. Os técnicos do instituto já operam para conseguir restabelecer o sistema.

O site do IBGE não é o primeiro a ser hackeado esta semana. Na quarta-feira e quinta-feira, os portais da Presidência da República, do Senado, do Ministério do Esporte também foram atacados, e apresentavam mensagens de erro.

Autointitulado um grupo “nacionalista”, o coletivo de hackers que efetuou a ação no site do IBGE postou uma mensagem na qual tenta justificar os ataques: “Este mês, o governo vivenciará o maior número de ataques de natureza virtual na sua história feito pelo Fail Shell. Entendam tais ataques como forma de protesto de um grupo nacionalista que deseja fazer do Brasil um país melhor. Tenha orgulho de ser brasileiro, ame o seu país, só assim poderemos crescer e evoluir!”.

O grupo nega qualquer relação com os coletivos LulzSec e Anonymous. “Não há espaço para grupos sem qualquer ideologia como LulzSec ou Anonymous no Brasil”, escreveram os hackers na página do IBGE, abaixo do slogan “Brasil, um país de todos”, curiosamente o mesmo usado pelo governo durante a gestão do ex-presidente Lula. O LulzSec, que teria sido o responsável pelos ataques de quarta-feira, já hackeou o site da CIA e do Senado americano. Em comunicado oficial, o grupo afirma que seu objetivo é roubar e vazar informações classificadas como confidenciais. “Os maiores alvos são bancos e outros estabelecimentos de alto nível.”

Governo reage – O órgão de estado que terá a função de prevenir o governo e o Brasil contra ciberataques como os ocorridos nesta semana só entrará em operação no segundo semestre do ano. O Núcleo do Centro de Defesa Cibernética, ligado ao Exército, e portanto subordinado ao Ministério da Defesa, capacitará os profissionais que deverão garantir a segurança em ambientes virtuais militares e governamentais. Também poderá zelar pela infraestrutura de informação do país. Contudo, ainda está em implantação.

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De acordo com a assessoria de imprensa do Exército, por ora, o núcleo não conta com equipe definitiva ou equipamentos. Dessa forma, não pode realizar o monitoramento on-line adequado no país. No futuro, contará com aproximadamente cem militares, instalados em um prédio nos arredores de Brasília. Vai integrar as ações de defesa eletrônica do Exército, Marinha e Aeronáutica e será equipado com simuladores para exercício de guerra cibernética, laboratório para análise de armas digitais e centro de tratamento de incidentes.

O núcleo deverá unificar os serviços de proteção aos sistemas do governo, atualmente descentralizados. Os sites da Presidência, governo e Receita, por exemplo, estão sob os cuidados do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Já o endereço eletrônico do Ministério do Esporte fica sob responsabilidade da própria pasta. A Petrobras, empresa privada controlada pela União, cujo site também foi alvo de ataque, possui igualmente um departamento próprio que responde pela segurança da companhia na rede.

Confira a seguir a íntegra da nota divulgada pelo IBGE sobre a ação dos hackers:

A página do IBGE na internet está temporariamente fora do ar, para manutenção, por causa da ação de hackers. O ataque à página aconteceu às quatro horas desta madrugada (sexta-feira, dia 24 de junho) e, depois disso, o IBGE retirou o site do ar para reforçar a segurança e fazer a manutenção. O IBGE assegura que o banco de dados de todas as pesquisas está preservado já que não foi atingido pela ação de hackers.

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