Sindicância sobre farsa em CPI terá prazo de 60 dias

Grupo foi criado após pedido do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras. VEJA mostrou articulação de petistas para fraudar trabalhos

Por Gabriel Castro, de Brasília
Atualizado em 10 dez 2018, 10h25 - Publicado em 6 ago 2014, 20h31

Reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras para análise do plano de trabalho e de requerimentos - (14/05/2014) (Geraldo Magela/Agência Senado/VEJA)

O Senado Federal abriu nesta quarta-feira a sindicância que vai investigar a fraude na CPI da Petrobras, revelada por VEJA. O grupo será composto por três servidores da Casa e terá até sessenta dias para apresentar suas conclusões. Os funcionários cuja participação na farsa for comprovada podem ser punidos administrativamente.

A criação da comissão de sindicância foi solicitada pelo presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), e aceita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). “Nós precisamos apurar absolutamente tudo que foi negociado, e apurar as responsabilidades de quem as tenha”, disse Renan nesta terça-feira, ao confirmar a criação do colegiado.

Vital do Rêgo também pediu que a Polícia Federal investigue o episódio.

VEJA teve acesso a um vídeo que comprova como o governo e lideranças do PT montaram esquema para treinar os principais depoentes à comissão de inquérito, repassando a eles previamente as perguntas que seriam feitas pelos senadores e indicando as respostas que deveriam ser dadas. As imagens mostram um encontro entre o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e Leonan Calderaro Filho, chefe do departamento jurídico do escritório da Petrobras em Brasília.