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SP: após quase 5h, sindicalistas liberam terminais de ônibus

Ação tem como pano de fundo a disputa pelo poder no sindicato de motoristas e cobradores

Por Da Redação
10 jul 2013, 10h44

Um movimento sindical dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo bloqueou, por quase cinco horas, nesta quarta-feira, dezesseis terminais de ônibus da capital paulista. A São Paulo Transporte (SPTrans), empresa municipal que administra o serviço, teve de determinar que os ônibus desviassem das estações e parassem em ruas no entorno para não interromper a circulação por completo. A liberação dos terminais só se deu por volta das 13 horas. A SPTrans informa agora que a situação nos locais já está normalizada.

A ação dos sindicalistas começou por volta das 8 horas, em cerca de nove terminais. Às 10 horas, a paralisação passou da metade dos terminais e linhas da cidade – são 28 ao todo. Entrada e saída foram barradas nos terminais Jabaquara, Santo Amaro, Parque Dom Pedro II, Capelinha, Grajaú, Varginha, Campo Limpo, João Dias, Lapa, Pirituba, Sacomã/Expresso Tiradentes, Mercado, Cachoeirinha, Casa Verde, Vila Prudente e Princesa Isabel, segundo a SPTrans.

Por trás da ação, há uma disputa eleitoral na direção do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas). A entidade promove a votação nesta quinta e sexta-feira nas garagens de ônibus da capital paulista.

Em nota, o presidente do Sindicato dos Motoristas, Isao Hosogi, o Jorginho, disse que “lamenta e condena com veemência a atitude desesperada da minoria dissidente da diretoria”, que, desde a semana passada, passou a “praticar terror eleitoral”. A oposição cobra “transparência” na organização das eleições sindicais e havia feito bloqueios semelhantes na semana passada.

O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto (PT), disse em entrevista à Rádio CBN que é “absurdo parar linha de ônibus em função de disputa sindical”.

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Greve geral – Tatto também tenta convencer os rodoviários a não participar do Dia Nacional de Luta com Greves e Paralisações, ato convocado pelas centrais sindicais para esta quinta-feira: “Tenho conversado quase diariamente com o sindicato no sentido de não parar a cidade de São Paulo”.

O protesto, liderado pela Força Sindical, promete para as principais rodovias e portos do país. O Sindicato dos Metroviários de São Paulo afirmou que os trabalhadores do Metrô participarão da manifestação. O Metrô disse, em nota, que “espera bom senso” dos empregados em não aderir à greve sem “justificativa plausível e amparo judicial”.

Em São Paulo, as Marginais Tietê e Pinheiros, Avenida Paulista, Radial Leste e Avenida do Estado podem ser palco de protesto. As marchas devem bloquear a Anchieta, Castello Branco, Raposo Tavares, Fernão Dias, Dutra e Mogi-Bertioga, segundo a Força Sindical. Os sindicatos marcaram encontro no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) ao meio-dia.

A pauta reúne a luta pelo fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, contra a lei que amplia a terceirização, pelo reajuste para aposentados, mais investimentos em saúde e educação, transportes público de qualidade, pela reforma agrária e por mudanças na política econômica do governo federal.

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País – No Rio, as centrais sindicais estão promovendo panfletagens e colando cartazes em bairros cariocas para convocar a população. As entidades programaram uma passeata a partir da Candelária, às 15 horas. Segundo Darby Igaiara, presidente da Central Única dos Trabalhadores do Rio (CUT-RJ), não deve haver paralisação de transporte público carioca para que o acesso de manifestantes ao local da manifestação seja facilitado.

Pelo menos 30.000 pessoas são esperadas na manifestação de Belo Horizonte. Os protestos também se estenderão pelo interior de Minas Gerais, em cidades como Juiz de Fora, Uberlândia e Varginha. Em Curitiba, representantes de dezenas de categorias vão se concentrar na Praça Rui Barbosa. Para o fim do dia está marcado o sétimo ato pela redução das tarifas. Em Porto Alegre, os sindicatos acreditam em uma adesão de até 90% dos trabalhadores. Lojas devem fechar por causa do receio de confusão.

Em Fortaleza, a concentração dos grevistas será às 9 horas. O PT do Ceará decidiu ainda que vai “conclamar a militância”. Cinquenta categorias devem ser representadas na manifestação no Recife, no centro. Com receio de confusão, muitos comerciantes anunciam que não haverá expediente.

(Com Estadão Conteúdo)

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