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Serra se diz revigorado e pede que Haddad cumpra promessas

Candidato derrotado na disputa pela prefeitura de São Paulo discursou diante de militantes do PSDB e disse sair da disputa com mais energia e vigor

Por Carolina Freitas
28 out 2012, 20h55

No breve discurso que fez na noite deste domingo no comitê de campanha do PSDB, José Serra reconheceu sua derrota nas eleições e agradeceu aos eleitores – além de deixar claro que não vai se afastar da vida pública. “Termino a campanha com mais energia, mais vigor, mais disposição e ideias renovadas. Vamos em frente!”, disse Serra diante de cerca de oitenta correligionários. A militância recebeu o candidato com aplausos efusivos e gritos de “Serra, Serra, Serra”.

Depois da fala, era comum ver pessoas chorando e, especialmente, os integrantes da equipe da campanha com semblantes tristes. Durante a meia hora em que permaneceu no comitê, Serra não sorriu.

O tucano desejou boa sorte a Fernando Haddad (PT) e fez um pedido: “Desejo que o prefeito eleito cumpra as promessas que fez na campanha”. Serra fez referência ainda aos avanços conquistados pela gestão de Gilberto Kassab, em parceria com o PSDB. “Desejo que essas conquistas sejam mantidas e que não haja retrocesso.”

Em meio a agradecimentos, o candidato lembrou que, durante toda a campanha, defendeu a ética na vida pública. A candidatura do PSDB fez sempre um duro discurso sobre os políticos do PT condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão.

Ocupavam o palanque em que Serra discursou dezenas de aliados. Entre eles, o governador Geraldo Alckmin, seu vice Alberto Goldman, o prefeito Gilberto Kassab, o senador Aloysio Nunes, e o candidato a vice na chapa de Serra, Alexandre Schneider.

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Tão logo Serra pisou no palco, foi descerrado atrás do candidato um painel com os escritos: “Obrigado, São Paulo!”. Em seguida, havia a assinatura de José Serra e as bandeiras do Brasil, do estado de São Paulo e da capital paulista. O clima entre os aliados mais próximos de Serra era de indignação. Andrea Matarazzo (PSDB), vereador eleito, discordou da tese que credita a derrota à falta de renovação do partido. “O PSDB tem se renovado sempre. Serra não foi eleito por ‘n’ circunstâncias”, disse Matarazzo. “Espero que Haddad tenha autonomia para executar o que prometeu. Que ele não seja um subprefeito de Lula.”

O dia do candidato – Serra votou cedo, pouco depois das 10 horas da manhã. Quem apertou as teclas da urna eletrônica, foi o neto do tucano, Antônio, de nove anos. O menino fez a festa dos fotógrafos com caras e bocas. Serra estava tranquilo, ciente de que tudo que podia ser feito já tinha sido feito. Citou Chacrinha no pronunciamento depois do voto: “A eleição acaba quando termina.”

E a eleição terminou triste para os tucanos. Logo depois do fechamento das urnas, às 17 horas, militantes começaram a chegar ao comitê central da campanha para acompanhar na TV e em um telão a apuração. Ficaram em silêncio e com os semblantes fechados. Muitos vestiam azul e amarelo, as cores do PSDB, e a pergunta mais comum entre eles era: “Será que ainda dá?”. A virada não veio, mas os apoiadores continuaram no comitê para cumprimentar o candidato.

O tucano passou o dia entre familiares e amigos. Almoçou na casa da filha Verônica, e depois passou parte da tarde no Palácio dos Bandeirantes, na companhia do governador Geraldo Alckmin e de aliados. A grande questão agora diz respeito ao futuro politico de Serra, mas sobre isso, nem os aliados mais próximos sabem falar. Só Serra poderá responder a essa pergunta, a seu tempo.

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