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PDT pede ao Conselho de Ética cassação de Romero Jucá

Adversário político do peemedebista, Telmário Mota (PDT-RR) apresentou uma representação no colegiado, acusando o ex-ministro do Planejamento de tentar barrar as investigações da Lava Jato

Por Da Redação 24 Maio 2016, 14h39

Com o apoio do senador Telmário Mota (PDT-RR), adversário político de Romero Jucá (PMDB-RR), o PDT apresentou nesta terça-feira ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar representação para que o peemedebista perca o mandato parlamentar. A alegação de Telmário é a de que o agora ex-ministro do Planejamento atuou para barrar investigações da Operação Lava Jato, como ficou evidenciado no áudio em que Jucá conversa com o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado sobre conter a “sangria” provocada pela ofensiva contra o petrolão. Pela manhã, Mota havia apresentado uma denúncia contra Jucá, peça que não poderia ensejar advertência ou suspensão do mandato. Depois, o PDT decidiu protocolar a representação, que permite que a sanção máxima seja a cassação.

Telmário Mota foi relator no mesmo Conselho de Ética do processo que levou à cassação do ex-líder do governo Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), preso em novembro do ano passado depois de ser flagrado em uma escuta ambiental em que negociava para que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não fizesse um acordo de delação premiada. Ao final, Delcídio também se tornou delator da Lava Jato e afirmou que tentou comprar o silêncio do ex-dirigente por ordem do ex-presidente Lula.

Em conversa com o Sérgio Machado, revelada pelo jornal Folha de S. Paulo, Romero Jucá sugeriu que uma possível mudança no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” feita pela Lava Jato, que investiga ambos. O diálogo ocorreu semanas antes da votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. O áudio tem mais de uma hora duração e está em posse da Procuradoria Geral da República (PGR).

“Em todos os momentos da gravação, há um claro propósito de que o novo governo, com o vice-presidente Michel Temer, resolva os ‘problemas’ que a Operação Lava Jato acarretou à classe política tradicional no Brasil. Os áudios demonstram a opinião do senador de que seria necessário afastar a presidente da República Dilma Rousseff para que a sangria da Operação Lava Jato seja estancada”, disse Telmário na texto da representação. O documento também é assinado pelo presidente do PDT Carlos Lupi.

“O denunciado põe sob suspeição a atuação dos ministros da mais alta corte de justiça do País, conduta ao mesmo tempo hábil a criar desconfiança e descrédito da população brasileira em relação ao correto funcionamento da justiça”, afirmou. “Resta inequívoco o propósito do denunciado de utilizar o governo de Michel Temer para atrapalhar ou impedir as apurações da operação contra os agentes políticos envolvidos. É clara, sem sombra de dúvidas, a intenção do senador denunciado de buscar proteção policial e se esquivar do alcance das investigações mediante um grande acordo”. Com a representação formalmente apresentada ao colegiado, os próximos passos são a admissão da denúncia pelo presidente do Conselho de Ética João Alberto Souza (PMDB-MA) e a designação, por sorteio, de um relator para o caso.

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