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Sem Marina, Dilma desdenha: ‘Ninguém é dono do eleitor’

Presidente-candidata retoma discurso de luta de classes e não tem mais esperanças de receber apoio da adversária Marina Silva

Por Gabriel Castro, de Brasília
7 out 2014, 19h41

O PT já não tem mais esperança de receber o apoio de Marina Silva e sabe que o PSB dificilmente ficará ao lado da presidente-candidata Dilma Rousseff no segundo turno. Por isso, a petista afirmou nesta terça-feira, depois de reunião com aliados em Brasília, que os apoios não são decisivos para a segunda etapa da eleição nacional.

“Eu sei perfeitamente, pela experiência política, que ninguém é dono do eleitor. Eu fico muito feliz quando me apoiam. Agora, sei também que ninguém manda no eleitor”, disse Dilma. “Cada pessoa tem consciência, cada pessoa é capaz de definir o que quer. E isso é fundamental numa visão de cidadania e de democracia.”

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A presidente retomou o tradicional recurso petista de divisão de classes ao definir o PSDB como um partido que governa para os ricos. “Está havendo uma oposição entre os ricos e os pobres. Nós faríamos a política dos pobres e eles fariam a política dos ricos. Essa é uma oposição que é parcialmente verdadeira”, disse ela, aparentemente mencionando de forma torta uma afirmação dada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que atribuiu parte dos votos de Dilma à falta de informação dos eleitores.

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Um dos exemplos citados por ela foi o das obras de metrô pelo país. “Esse Brasil do passado não fazia metrô. O governo era para um terço da população. Se chegasse a dois terços era muito”, disse ela. Depois, soltou uma frase que contradiz a própria tese: “O Brasil do passado não fazia metrô porque metrô era coisa para rico”.

Dilma afirmou também que pretende apresentar propostas específicas para São Paulo, onde foi derrotada por Aécio Neves (PSDB) com uma diferença de vinte pontos porcentuais no primeiro turno. “Nós achamos São Paulo um estado muito importante. Eu pretendo dar toda atenção a São Paulo, olhar com muito cuidado e, inclusive, [apresentar] propostas específicas para São Paulo”, prometeu.

As afirmações da presidente foram dadas em Brasília, após uma reunião com dez governadores e cinco senadores recém-eleitos, além de quatro candidatos a governador que disputam o segundo turno. Dilma pediu o empenho deles para buscar a vitória na corrida pela Presidência da República. Cinco presidentes de partido e seis governadores eleitos também compareceram.

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Representantes de estados onde há disputa entre dois candidatos dilmistas não estiveram no encontro. É o caso do Ceará, por exemplo, de Eunício Oliveira (PMDB) e Camilo Santana (PT) no Ceará.

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