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Sem condições de arcar com as prestações, beneficiários do Minha Casa, Minha Vida vendem seus apartamentos

Primeiro empreendimento do programa destinado a famílias pobres põe em xeque a eficácia do projeto que é prioridade da presidente Dilma Rousseff

Por Da Redação
21 jan 2011, 07h17

“Houve quem vendesse a unidade a 500 reais, antes de receber as chaves”

Edson Marques, presidente da Associação de Moradores do Nova Conceição

O primeiro empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida destinado a famílias de baixa renda foi apresentado como um sucesso durante a vitoriosa campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff. Mas, apenas seis meses depois de entregue, o Residencial Nova Conceição, em Feira de Santana (BA), vive uma situação muito diferente da que foi mostrada na TV.

Reportagem publicada na edição desta sexta-feira do jornal O Estado de S. Paulo revela que o conjunto residencial é palco de vendas ilegais de apartamentos e abandono das moradias por falta de pagamento. As prestações dos imóveis custam apenas 50 reais, mas boa parte dos beneficiados – famílias com renda mensal média de 1.395 reais – recebe apenas o dinheiro do Bolsa Família e não tem como arcar com as mensalidades.

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Ainda segundo o jornal, pelo menos 50 apartamentos, das 440 unidades que compõem o conjunto, já foram vendidos pelos ocupantes de direito – pessoas que viviam em áreas de risco e perderam tudo com as inundações no bairro de Feira X, em 2007. Os cidadãos com direito à moradia foram escolhidos pela prefeitura de Feira de Santana em conjunto com a Caixa Econômica Federal. “Houve quem vendesse a unidade a 500 reais, antes de receber as chaves”, revela o presidente da Associação de Moradores do Residencial Nova Conceição, Edson dos Santos Marques.

Como a demanda pelos apartamentos têm crescido, hoje algumas unidades chegam a ser vendidas por até 15.000 reais. As moradias têm 37 metros quadrados, dois quartos, cozinha e banheiro. A inadimplência dos moradores já acendeu o sinal vermelho na Caixa Econômica, que teme a repetição do quadro nos demais empreendimentos. Sem condições de arcar com as prestações, os beneficiários do programa dão lugar a famílias com renda superior, que começam a adquirir os imóveis.

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