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Sem Campos, Marina aparece e diz que não há transferência de votos

Ex-senadora realizou na quarta-feira sua primeira agenda de campanha sozinha e foi confundida por eleitores como a candidata à Presidência

Por Talita Fernandes
17 jul 2014, 22h27

Ao caminhar pelo calçadão no centro de Santo André, no ABC paulista, a ex-senadora Marina Silva deparou-se nesta quinta-feira com um cenário que se repete quando vai às ruas fazer campanha: foi saudada por simpatizantes como “próxima presidente”. Com um capital de 20 milhões de votos nas últimas eleições para o Palácio do Planalto, Marina desta vez concorre a vice na chapa de Eduardo Campos (PSB), numa aliança que até agora as pesquisas mostram não funcionar – segundo Datafolha, Campos tem só 8% das intenções de voto. Nesta quinta, um cabo eleitoral teve de caminhar ao seu lado para tentar explicar a engenharia política ao eleitor: “Ela é vice do Eduardo Campos”.

Além de ser mais conhecida do que Campos e estar caminhando sozinha em São Paulo, Marina não usou nesta quinta nehuma identificação do PSB – ela optou por um broche do seu quase partido Rede Sustentabilidade, barrado pela Justiça Eleitoral. Coube ao mesmo aliado entrar em cena sucessivas vezes para assoprar um “é quarenta”, em alusão ao número da chapa de Campos na urna. Em retribuição à abordagem dos simpatizantes, Marina repisou a frase “nós precisamos do seu apoio”, poucas vezes completada por “eu e o Eduardo”.

Questionada por jornalistas sobre seu peso na chapa, Marina tergiversou. “Não existe essa história de transferência de voto. É uma visão conservadora e atrasada da política. É como se político fosse dono do voto das pessoas”, disse. “As pessoas vão que o Eduardo possibilitou que as ideias de 2010 não ficassem sumidas em 2014. Isso porque, por uma questão mais política do que legal, não conseguimos registrar a Rede.”

Não é comum que o candidato a vice presidente tenha destaque semelhante ao de Marina. Na Convenção Nacional do PSB, a ex-senadora foi protagonista do evento: enquanto ela discursou por mais de trinta minutos, Campos falou menos de vinte. Além disso, o local do evento foi decorado com imagens dos dois tamanho similar.

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A agenda realizada na quarta, em Santo André, foi a primeira da candidata desde que a campanha começou oficialmente. Desde então, ela acompanhou Campos em quatro das sete agendas públicas do pernambucano. A coordenação da campanha espera que os dois candidatos tenham de duas a três agendas conjuntas por semana, e que cada um cumpra de quatro a cinco agendas semanais. “Eu e Eduardo vamos fazer a campanha em duas frentes. Vamos multiplicar esses oitenta dias de campanha em 160 dias, porque ele vai para um lado e eu vou para outro”, disse Marina.

Suplicy – Ao ser questionada sobre as divergências entre PSB e Rede em treze de 27 Estados, Marina minimizou a situação dizendo que tentaram acordo onde foi possível, mas que “cada partido tem sua identidade e sua autonomia”. Marina disse ainda que, se seu domicilio eleitoral fosse em São Paulo, ela escolheria o petista Eduardo Suplicy.

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“Como a Rede não teve candidatura própria, se eu votasse em São Paulo, votaria no Suplicy”, disse. Já sobre em qual candidato a governador ela votaria no Estado, Marina desconversou. O deputado federal Marcio França, do PSB, é o vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin, decisão que contrariou a vontade da ex-senadora. Aliados da Rede chegaram a cogitar o lançamento de Walter Feldman ao Senado, pelo PSB, mas a coligação decidiu lançar apenas o nome de José Serra.

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