Segundo dia de greve de ônibus em BH prejudica 430 mil pessoas
Rodoviários reivindicam reajuste de 21,5% no salário; dois ônibus foram depredados nesta terça-feira
Belo Horizonte enfrenta nesta terça-feira o segundo dia da paralização de motoristas e cobradores de ônibus. Pelo menos 430.000 usuários do serviço foram afetados. Em algumas estações de ônibus, como de Barreiro, Diamante, Venda Nova e Vilarinho, a paralisação é total. A Secretaria de Transportes de Minas Gerais informou que, além da capital, a greve teve adesão de 50% em 32 municípios da Região Metropolitana.
Dois ônibus foram depredados no início desta manhã no bairro Pompeia, na região Leste da cidade. Segundo a Polícia Militar, homens atiraram pedras nos vidros dos veículos no momento em que saíam da garagem. A empresa recolheu os ônibus e abrirá ocorrência no período da tarde. Para evitar atos de violência, alguns batalhões da Polícia Militar deslocaram viaturas para portas de estações e garagens. A prefeitura estima que 21 linhas do local estão paradas. Na estação Diamante, 28 linhas também deixaram de funcionar. Os poucos coletivos que estão nas ruas, contam com escolta policial.
Uma liminar da Justiça do Trabalho determinou que 70% da frota deverá rodar nos horários de pico ou, caso contrário, a categoria poderá pagar multa no valor de 50.000 reais por dia.
Acordo – Os rodoviários e representantes das empresas de transporte reúnem-se nesta terça-feira no Tribunal Regional do Trabalho para tentar negociar o final da greve – a primeira reunião terminou sem acordo na segunda-feira.
Reivindicações como reajuste salarial de 21,5%, jornada de trabalho de seis horas, ticket alimentação no valor de quinze reais e piso salarial 30% superior para motoristas de veículos do BRT (na sigla em inglês), previstos para circular em maio na capital mineira. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) informou que houve até o momento cinco rodadas de negociações, mas não chegou a discutir reajustes salariais.
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