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Sede da Bancoop vai a leilão para pagar dívidas

Imóvel de mais de 300 metros quadrados pode ser arrematado por R$ 1,2 milhão – dinheiro vai indenizar credores e vítimas de cooperativa ligada ao PT

Por Felipe Frazão 31 jul 2015, 20h50

A Justiça abriu nesta quinta-feira leilão da sede da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), que foi presidida pelo ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, preso na Operação Lava Jato. A 3ª Vara Cível penhorou o imóvel para indenizar e devolver o dinheiro de dois antigos cooperados que não receberam a casa pela qual pagaram em um condomínio residencial na Penha, Zona Leste da capital paulista. Posteriormente, o empreendimento foi transferido para a OAS.

A Bancoop enfrenta uma série de ações civis e, desde 2010, um processo criminal contra seis ex-diretores, entre eles Vaccari, denunciados por estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Centenas de cooperados deixaram de receber apartamentos e, segundo o Ministério Público, houve desvio de dinheiro para os cofres de campanha do PT. Novos indícios de crimes financeiros fizeram o Bradesco decidir encerrar as contas bancárias da cooperativa neste ano. O Ministério Público pretender abrir uma nova frente de investigações em agosto.

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A primeira fase do leilão termina na segunda-feira, mas caso não haja interessados uma segunda etapa será aberta de maneira subsequente até o dia 25 de agosto. O lance mínimo foi fixado em 1,227 milhão de reais – e cairá para 736 200 reais a partir de segunda.

O imóvel é o quarto andar do Edifício Britânia, na Rua Líbero Badaró, sede própria da Bancoop desde 1998. Há três salas, um salão de frente com 299,43 metros quadrados de área útil, quatro banheiros de 13,55 metros quadrados, um corredor de 12,70 metros quadrados e mais dois terraços com 9,63 metros quadrados. Em 2012, o valor havia de mercado havia sido avaliado em 987 000 reais.

Em 2008, a Justiça condenou a Bancoop a devolver os 74 913,64 reais pagos pelos cooperados que ficaram sem casa própria, José Teixeira da Fonseca e Maria Concebida Fonseca, mais 8.300 reais por danos imateriais, além de correção monetária e juros de 12% ao ano. A obra nem sequer foi iniciada pela cooperativa, conforme a sentença. No ano passado, a dívida com eles já estava em 311 666,14 reais. A Bancoop recorreu sem sucesso, mas, como não houve quitação, a Justiça decidiu leiloar a sede.

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Desde 2009, constam na matrícula da sede da Bancoop 22 penhoras judiciais para pagamento de dívidas (nove ainda ativas) e uma hipoteca como garantia de empréstimo de 1 milhão de reais, feito em 2011, com o Sindicatos dos Bancários de São Paulo. A prefeitura de São Paulo também aparece como credora.

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Ex-diretores da Bancoop com Lula: Ricardo Berzoini, Luiz Malheiro (morto em 2004) e João Vaccari Neto, personagens envolvidos no caso Bancoop. Foto de maio de 2000
Ex-diretores da Bancoop com Lula: Ricardo Berzoini, Luiz Malheiro (morto em 2004) e João Vaccari Neto, personagens envolvidos no caso Bancoop. Foto de maio de 2000 (VEJA)
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