Secretário reconhece que Sabesp fecha registros de distribuição
Manobra é feita manualmente na rua por funcionários da empresa nas regiões onde não há válvulas redutoras de pressão
O secretário de Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, reconheceu na sexta-feira que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fecha o registro de parte da rede de distribuição de água da Grande São Paulo. “O sistema de redução de pressão não está disponível em todos os locais. Em alguns lugares, de fato, é preciso haver uma intervenção física. Isso é algo que acontece em uma situação de escassez hídrica.”
Na última semana, dois funcionários da Sabesp informaram ao O Estado de S. Paulo que os registros eram fechados em 40% da rede. A manobra é feita manualmente na rua por funcionários da empresa nas regiões onde não há válvulas redutoras de pressão (VRPs) instaladas e deixa parte da tubulação despressurizada, provocando cortes no abastecimento.
O secretário de Recursos Hídricos não soube precisar o número de torneiras secas em consequência da manobra manual. “Precisa perguntar para os técnicos da Sabesp. Não tenho uma resposta neste minuto. Estou há poucos dias no cargo.”
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A redução da pressão noturna foi noticiada pelo jornal em abril de 2014 e responde por mais de 50% da economia de água obtida durante a crise hídrica, segundo a Sabesp. São 1.500 VRPs que auxiliam a reduzir as perdas por vazamentos. A medida foi intensificada em meados do ano passado. Até o início deste ano, as regiões afetadas eram omitidas pela empresa.
Os equipamentos são acionados remotamente de uma central de comando da Sabesp, que pode controlar a pressão da água nos bairros. Pela norma técnica, ela deve oscilar entre 10 e 50 metros de coluna d’água, o que indica a altura que a água alcança só com pressão da rede. Mas, como em 40% da região metropolitana essa operação não pode ser feita automaticamente, a Sabesp passou a fechar os registros. Braga assumiu a pasta em janeiro, substituindo Mauro Arce.
(com Estadão Conteúdo)