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Costa põe delação em risco se falar à CPI, diz procurador-geral da República

Rodrigo Janot lembrou que lei exige total sigilo sobre informações repassadas à PF. Se contar o que sabe no Congresso, Costa pode perder redução da pena

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 set 2014, 12h55

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta quarta-feira que, se falar aos parlamentares da CPI da Petrobras, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa colocará em risco o acordo de delação premiada formado com a Justiça. Janot lembrou que a lei de delação estabelece total sigilo sobre as informações que foram passadas à Polícia Federal. Ou seja, se der detalhes do que contou aos investigadores, Costa pode por a perder os benefícios do acordo, que vão do abrandamento da pena ao perdão judicial. O ex-diretor da Petrobras chegou a Brasília nesta manhã e já se encontra no Senado Federal.

“A lei que disciplina a delação premiada impõe sigilo a todos os envolvidos. Impede que qualquer pessoa se refira a eventual delação ou a seu conteúdo. É uma imposição de sigilo legal”, afirmou o procurador-geral da República, que esteve no Senado nesta manhã para entregar relatório de um ano de mandato ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Conforme revelou VEJA, Paulo Roberto Costa aceitou um acordo de delação premiada e entregou à PF uma lista de políticos e partidos aliados dos governos Dilma Rousseff e Lula que se beneficiaram do megaesquema de corrupção montado na Petrobras. A extensa lista do petrolão inclui três governadores e um ministro de Estado, além de deputados e senadores.

Deputados e senadores trabalham para que a sessão que ouvirá Costa seja fechada. Oficialmente, as tratativas se dão como um esforço para convencê-lo a falar. Mesmo em reunião secreta, para Rodrigo Janot, o ex-diretor da Petrobras tem de manter o silêncio sobre as denúncias de corrupção. “O fato de ser secreta ou aberta não interfere em nada com esse acordo feito na área penal”, disse o procurador-geral. Janot tratou a delação com ponderações – afirmou não ter conhecimento de uma “eventual” delação premiada, já que o acordo foi firmado com a Justiça e a Polícia Federal.

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