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Sarney derruba CPI dos Transportes

Oposição chegou a reunir assinaturas necessárias, mas perdeu diante da reação do governo; se quiser ressuscitar CPI, terá de recomeçar do zero

Por Gabriel Castro
3 ago 2011, 18h02

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), derrubou, nesta quarta-feira, o requerimento de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes. A decisão foi lida em plenário esta tarde. Depois da aparente vitória da oposição – que chegou a reunir as 27 assinaturas necessárias – e a pronta reação do governo – que conseguiu convencer parlamentares a voltar atrás – , o sepultamento da CPI já era esperado. Como não havia assinaturas suficientes, Sarney cumpriu o regimento.

João Durval (PDT-BA) e Reditário Cassol (PP-RO), que haviam oficializado nesta terça-feira o apoio à investigação, recuaram por pressão do governo e retiraram as assinaturas. Se quiser ressuscitar a CPI, a oposição terá de recomeçar da estaca zero: reiniciar a coleta de assinaturas.

Mais cedo, o líder tucano, Alvaro Dias (PSDB-PR), disse acreditar que não haverá problema em obter novamente o apoio dos 25 senadores. O difícil será chegar aos 27 nomes necessesários. O tucano critica a mudança de postura da dupla de senadores: “É semelhante àquela pessoa que assina um cheque e depois descobre que está sem fundos”, comparou.

Fato novo – Numa casa em que PSDB, DEM e PSOL somam apenas 16 das 81 cadeiras, os líderes da oposição avaliam que a CPI só sairá do papel se surgir um fato novo com peso suficiente para convencer mais dois aliados do governo a desobedecer a orientação do Planalto e apoiar a investigação.

A oposição até conseguiu salvar uma assinatura da CPI: a de Ataídes Oliveira (PSDB-TO). Ele mudou de opinião duas vezes. Primeiro, ele assinou o requerimento para criar a CPI. Depois, retirou a assinatura por pressão do titular do cargo de senador, João Ribeiro (PR), e disse que ficou “perturbado”. Depois, resolveu apoiar a CPI de novo. Ribeiro, por sua vez, havia sido cobrado por emissários do Planalto. “Eu peço desculpas pelo que posso ter causado diante do compromisso que fiz com meu amigo João Ribeiro”, disse Ataídes, que deve ficar no Senado até o mês que vem. Oficialmente, o titular está afastado por licença médica.

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