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São Paulo vive dia de tensão com greve e medo de vandalismo

Maior cidade do país enfrenta greve de trens, suspensão do rodízio de veículos e expectativa de violenta manifestação pelas ruas no final do dia

Por Da Redação
13 jun 2013, 14h24

A maior cidade do país vive um dia de trânsito caótico desde o início da manhã, com linhas de trens paralisadas em função da greve de funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a liberação do rodízio municipal de veículos e o clima de tensão à espera de novos protestos contra o reajuste das tarifas de ônibus e metrô, que têm deixado um rastro de vandalismo e depredações pelas ruas.

Com quatro linhas de trens da CPTM fora de circulação, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu o rodízio de carros e o trânsito registrou índices de congestionamentos acima da média – o pico foi de 148 quilômetros às 11 horas, um dos maiores registrados nesse horário na cidade. Há previsão de chuva nas próximas horas em algumas regiões da cidade.

Os problemas com transporte e vias travadas – algo que o paulistano está acostumado a enfrentar -, entretanto, podem se agravar no final do dia quando manifestantes prometem novo protesto nas ruas contra o reajuste das tarifas de ônibus e metrô, algo que já não passa de pretexto para a ação de vândalos que têm destruído o patrimônio público. Os três atos organizados pelo Movimento Passe Livre, formado por radicais ligados a movimentos e partidos de esquerda, terminaram em confronto com a polícia e deixaram um saldo de destruição de ônibus, vidraças e estações de metrô apedrejadas e muros pichados.

Diante do descontrole das manifestações, que degeneraram em balbúrdia e tumultuaram a rotina do paulistano, o governo de São Paulo promete ser mais duro. Nesta quinta, a Tropa de Choque da Polícia Militar reforçará a vigilância. Na última terça, um policial foi atacado após tentar conter um pichador e por pouco não foi linchado. A explicação para o vandalismo está na natureza do movimento, cujo discurso é raivoso e beligerante. A maioria dos manifestantes flagrados em cenas de depredação e confronto com a polícia andam encapuzados. Dos dezenove arruaceiros detidos na última terça, só três se identificaram como estudantes – treze continuam presos.

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O Movimento Passe Livre é formado, em sua maioria, por militantes de partidos de extrema esquerda, como o PSOL, PSTU, PCO, PCR, e de organizações como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e União da Juventude Socialista, ligada ao PCdoB. Também participam militantes de grupos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) e militantes pró-aborto. As convocações são feitas em faculdades e principalmente pela internet. Esses organizadores, no entanto, têm insistido que as marchas são feitas para incluir diversos grupos e opiniões – e apontam a pulverização da multidão como algo positivo.

Na prática, a falta de liderança serve para impedir que responsáveis sejam apontados. “É difícil negociar com um grupo que não tem unidade, que não tem liderança. São vários subgrupos dentro de um grande grupo. Enquanto eu falava com um individuo que se apresentava como líder, um outro grupo atacava minha tropa. (…) Que movimento é esse em que ninguém tem controle?”, disse o tenente-coronel Marcelo Pignatari, responsável pela ação da PM na terça-feira.

Até o momento, o prejuízo registrado somente pelo Metrô atinge 109 000 reais. No total, 87 ônibus foram danificados e 137 linhas tiveram a circulação prejudicada.

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A agenda da presidente Dilma Rousseff programada para esta quinta à tarde no Rio, que coincidiria com o horário do protesto, foi cancelada e transferida para sexta-feira, 14. Na segunda-feira, um protesto reuniu 300 ativistas e terminou com 34 pessoas detidas.

A mobilização desta quinta é organizada pelo Fórum de Lutas, um grupo de discussão no Facebook que conta com mais de 2.000 participantes. A convocação e divulgação do evento são feitas por outros grupos também pela internet, como o Passe Livre RJ e o Operação Pare o Aumento.

A Polícia Militar afirmou que reforçará o efetivo e se for preciso acionará o Batalhão de Choque.

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(Com Estadão Conteúdo)

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