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Rombo causado por esquema na cooperativa pode passar de R$ 100 mi

Por Da Redação
9 mar 2010, 07h59

O rombo provocado pelo desvio de recursos da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) no escândalo que envolve integrantes do PT pode passar dos 100 milhões de reais. A valor foi calculado pelo promotor de Justiça José Carlos Blat, da 1ª Promotoria Criminal da Capital, que apura o caso. De acordo com reportagem publicada na edição desta terça-feira do jornal O Estado de S. Paulo, o número foi obtido depois de uma análise parcial dos extratos bancários da cooperativa entre 2001 e 2008. O advogado da Bancoop, Pedro Dallari, classificou de “maluquice” a informação de que o desvio seria de 100 milhões de reais.

A edição desta semana de VEJA mostrou que o Ministério Público de São Paulo quebrou o sigilo da Bancoop e descobriu que dirigentes da Cooperativa Habitacional lesaram milhares de associados, para montar um esquema de desvio de dinheiro que abasteceu a campanha de Lula em 2002. Foram sacados ao menos 31 milhões de reais na boca do caixa. Como resultado, milhares de cooperados ficaram sem receber seus apartamentos.

“Que houve desvio eu não tenho mais dúvida alguma”, disse o promotor, que trabalhou na apuração durante dois anos e meio. “Os dirigentes da cooperativa transformaram-na em negócio lucrativo, utilizando os benefícios da lei para lesar milhares de cooperados que aderiram através de contratos para a construção de moradias. Uma parte desse dinheiro foi para o PT, outra parte para o enriquecimento ilícito de ex-dirigentes da Bancoop.” Blat disse ter identificado “milhares de movimentações financeiras fraudulentas visando a ludibriar os cooperados”, além de “operações inusitadas, obviamente para mascarar o desvio de dinheiro para caixa 2 de campanhas eleitorais”.

CPI – A Assembleia Legislativa de São Paulo vai convocar nesta terça-feira a CPI da Bancoop. O presidente da Casa, deputado Barros Munhoz (PSDB), confirmou que dará andamento à comissão. Desde 2007, a criação de CPIs segue o regimento interno da Assembleia. Por ano, só podem ser instaladas cinco CPIs (uma sexta é permitida em caso de aprovação pelo Plenário). Todas as CPIs seguem a ordem cronológica dos pedidos.

Em 2008, foi protocolado um pedido de criação da CPI da Bancoop. Atualmente, essa comissão é a segunda da fila de espera. Quando o presidente assina o andamento da CPI, o regimento prevê cinco dias para que os líderes das bancadas indiquem quem irá participar da comissão. Barros Munhoz afirmou que assinará o andamento de quatro CPIs nesta terça-feira, entre elas a da Bancoop. “Vou convocar as quatro CPIs amanhã seguindo o regimento, como já havia anunciado anteriormente.”

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