Roberto Jefferson também faz ‘vaquinha’ para pagar multa do mensalão

Para evitar contestação do STF, deputado cassado afirma que doações serão identificadas com nome e CPF. Multa aplicada pelo Supremo é de R$ 746 mil

Por Laryssa Borges SEGUIR SEGUINDO 21 fev 2014, 17h47

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), condenado no esquema do mensalão (Leonardo Wen/Folhapress/VEJA)

O deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ) anunciou nesta sexta-feira que pretende fazer uma “vaquinha” para conseguir pagar a multa definida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como parte da condenação no julgamento do mensalão. Jefferson foi o responsável por denunciar o esquema de corrupção e compra de apoio político no Congresso Nacional. Ele foi condenado a sete anos e 14 dias de prisão em regime semiaberto. O valor da multa, em cálculo ainda não atualizado pela Vara de Execuções Penais, é de 746.000 reais.

Ao contrário dos mensaleiros petistas José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino, que recorreram a campanhas online de arrecadação, Jefferson informou que vai disponibilizar apenas uma conta bancária, e não criar um site específico para angariar recursos. Para evitar contestações sobre a origem do dinheiro a ser utilizado para o pagamento da multa, o ex-deputado disse que vai enviar ao STF a lista com nome e CPF dos doadores. Embora o valor da multa ainda não esteja definido pela VEP, Jefferson também afirmou que pretende vender um escritório de advocacia no Rio de Janeiro para conseguir os recursos.

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Entre os mensaleiros condenados, apenas os petistas José Genoino e Delúbio Soares apresentaram à justiça o comprovante de pagamento das multas. Os dois arrecadaram os valores em vaquinhas virtuais. O Ministério Público apura se houve irregularidades e indícios de lavagem de dinheiro. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, notificado para pagar sua multa, já amealhou 825.500 reais. Ele precisa depositar em juízo 971.100 reais.