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Rio programa operação de resposta para arrastões nas praias

Prefeito Eduardo Paes afirma que problema da violência na Zona Sul da cidade é “policial”. Secretário José Mariano Beltrame quer dividir responsabilidades com outras instituições

Por Amanda Prado
22 set 2015, 21h50

Depois de um fim de semana violento nas praias da Zona Sul do Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes decidiu apresentar a sua resposta aos arrastões e furtos na cidade. Hoje, em entrevista coletiva, anunciou que vai antecipar de outubro para o próximo sábado a chamada Operação Verão, com aumento de efetivo da Guarda Municipal na orla, além de ações conjuntas com outros órgãos. A Prefeitura, no entanto, ainda não informou qual será o número de agentes e como as operações serão realizadas a fim de coibir as práticas criminosas.

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Paes disse hoje que não vai tratar “delinquentes e marginais” como problema social. Embora não tenha citado nominalmente José Mariano Beltrame, o prefeito acabou alfinetando indiretamente os recentes discursos do secretário de Segurança, que costuma ressaltar a importância do envolvimento de outras instituições – não somente a polícia – no combate à violência. “Isso é caso de polícia. As cenas que aconteceram no último fim de semana demandam mais apoio da Guarda Municipal do que da Secretaria de Assistência Social. O Rio não pode cair em um debate, que às vezes acho um tanto esquizofrênico. A injustiça social e a desigualdade existem no Brasil inteiro, mas não vemos acontecer arrastões na (Avenida) Paulista quando fecha para o lazer ou na Praia de Boa Viagem”, afirmou o prefeito.

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Ontem, Beltrame já se envolvera em polêmica semelhante ao apontar responsabilidades de terceiros no crescimento da violência no Rio. O secretário reclamou que uma decisão da 1ª Vara da Infância, Juventude e Idoso da Capital prejudicou o trabalho da Polícia Militar ao proibi-la de apreender adolescentes em coletivos, salvo em casos de flagrante. O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Fernando Ribeiro, rebateu Beltrame em entrevista ao jornal Extra: “A decisão da Vara foi absolutamente correta. Não se pode supor que alguém, só porque está num ônibus, vai cometer arrastões”.

Depois dos dias marcados por um clima de tensão na cidade, moradores de Botafogo, Copacabana, Leblon e Ipanema passaram a planejar, através das redes sociais, a formação de grupos de “justiceiros” e prometem reações de vingança no próximo fim de semana. Reportagem da Folha de S. Paulo desta terça-feira informou que cerca de 30 homens, a maioria praticante de lutas marciais, realizaram no fim de semana blitzes informais em ônibus que ligam o subúrbio aos bairros de Copacabana e Ipanema.

Trabalho conjunto – Beltrame se reuniu hoje com o vice-prefeito Adilson Pires e representantes de outros órgãos do poder público. Ficou acertado que oito instituições ligadas ao ordenamento público e à assistência social vão se articular para prevenir novos episódios de violência. “As pessoas que moram longe e as que moram perto querem ir à praia, e nós precisamos garantir isso”, disse.

Na quinta-feira, uma reunião entre autoridades municipais e estaduais vai detalhar as questões operacionais para o reforço de segurança nas praias cariocas durante o próximo fim de semana.

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