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Rio conta os prejuízos da batalha da Alerj

Vândalos atacaram prédios históricos, feriram policiais, invadiram agências bancárias e arruinaram a imagem de protesto pacífico do início da noite, na Rio Branco

Por Cecília Ritto e Pâmela Oliveira
Atualizado em 10 dez 2018, 10h30 - Publicado em 18 jun 2013, 12h26
Uma das agências do Itaú destruídas após a batalha ao redor da Alerj: protesto nada pacífico
Uma das agências do Itaú destruídas após a batalha ao redor da Alerj: protesto nada pacífico (VEJA)

Na manhã seguinte à batalha que tomou conta das imediações da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a cidade conta os prejuízos. Funcionários da Alerj fazem levantamento do que foi destruído no Palácio Tiradentes, atingido por coquetéis molotov e fogos de artifício, e depredado por vândalos. Pelo menos duas cadeiras históricas foram jogadas por uma das janelas e queimadas em uma fogueira na frente do prédio. Na sala da liderança do PMDB, a mais destruída, foram encontradas pedras, pedaços de pau, garrafas usadas em bombas caseiras e até mesmo uma máquina de cartão de crédito, usada para quebrar os vidros. De acordo com o presidente da casa, deputado Paulo Melo (PMDB), o prejuízo com a baderna é de algo entre 1,5 milhão a 2 mihões de reais. Funcionários do Legislativo informaram que 30% dos vidros franceses das janelas do prédio foram destruídos, e há danos sendo detalhados no Salão Nobre. “Havia 75 PMs quando os manifestantes chegaram. O número máximo que já tivemos em outras manifestações foi de 40 policiais, sem problemas semelhantes”, explicou Melo.

O vandalismo, segundo o deputado, não pode ser encarado como tônica da manifestação. Melo, aliás, fez uma distinção que serve para resumir a noite. “O protesto foi feito na Rio Branco. O que houve na Assembleia Legislativa eu me recuso a chamar de protesto. Aqui foi vandalismo”, diz.

A presidência da Alerj pediu à Polícia Civil uma apuração rigorosa do que houve no Palácio Tiradentes, na Igreja de São José, no Paço Imperial e no Mosteiro do Carmo. Segundo Melo, ao longo da noite, quem decidiu o momento de entrada do Batalhão de Choque foi ele próprio, com base no que acontecia no interior do prédio.

“Fiquei entusiasmado com a passeata pacífica. Tenho certeza que esse era o intuito da passeata. A prova cabal de que era pacífica foi ter terminado na Cinelândia. Seria desonesto de nossa parte não separar a passeata ordeira dos desordeiros”, analisou Melo.

Os feridos no confronto

O Paço Imperial e a Igreja de São José, que ficam ao lado da Assembleia, também foram depredados pelo grupo que reunia cerca de 500 pessoas. Paredes foram pichadas e as janelas, quebradas. Funcionários da Comlurb trabalham desde a madrugada para tentar apagar as marcas do vandalismo. No Paço imperial, as paredes estão sendo limpas. A estátua de Tiradentes também foi lavada, mas os refletores que iluminam a escultura foram destruídos.

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Mediação – O saldo poderia ter sido pior. A guerra deixou pelo menos 33 feridos – vinte deles são policiais militares que ocupavam a escadaria da Alerj quando foram atacados por rojões e pedras. Três homens – dois deles atingidos por armas de fogo – continuam internados no Hospital Souza Aguiar. Um grupo de manifestantes, que queria manter o protesto pacífico, enfrentou a turma da baderna enquanto alguns policiais, sem escudo de proteção, tentavam escapar por um dos lados da Alerj, repleto de radicais.

A poucos metros dali, policiais militares foram encurralados em uma agencia bancária por manifestantes armados com pedaços de paus e barras de ferro. Um grupo entrou e conseguiu acalmar os mais radicais, possibilitando a saída dos policiais, que deixaram a agência bancária correndo.

Atrás da Assembleia Legislativa, policiais que tentavam se proteger dos que avançavam com paus, pedras e barras metálicas reclamavam da falta de escudos e máscaras de gás. Nesse momento, pelo menos 20 estavam feridos dentro da Alerj. No momento em que um dos policiais caiu no chão e era atacado por manifestantes, que jogavam pedras, davam chutes e pauladas, um PM pegou uma pistola e atirou para o alto. Foi o início de uma sequencia de disparos que não conseguiu conter a onda violência que tomou conta do Centro do Rio e só terminou com a chegada do Batalhão de Choque, horas depois do início do confronto.

https://videos.abril.com.br/veja/id/ae7090066c854c06a4c4ba43031908ea

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17h30 – Manifestantes chegam de metrô ao Centro do Rio

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https://videos.abril.com.br/veja/id/8ae6f93a53db4af3c4448cc8f588ac6a

18h – Em coro, multidão chama mais pessoas para as ruas

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https://videos.abril.com.br/veja/id/8ee5fff4f0e0cc4128fdbf43080d20d0

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18h15 – Chuva de papel picado dos prédios da Av. Rio Branco

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https://videos.abril.com.br/veja/id/7b690cf011a1ced73eba0676d720fa18

18h45 – ‘Sem violência’, pedem manifestantes

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https://videos.abril.com.br/veja/id/6d13e4d284664be721a6d6f9e36e848b

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19h30 – Policiais que faziam segurança da Alerj são atacados

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https://videos.abril.com.br/veja/id/73a3e75da6a04ed0e1fa493ff49c4d93

19h40 – Vândalos invadem e depredam prédio da Alerj

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https://videos.abril.com.br/veja/id/3711ca8bacb76fdc1aa75bc825d7cbde

19h55 – Policiais atiram ao alto para conter baderneiros

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https://videos.abril.com.br/veja/id/e40713e0d3b4f1ea3a01a2bd4549b945

20h – Policiais são apedrejados e agredidos

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https://videos.abril.com.br/veja/id/be359badb5268b8de0de54155dcfb4db

20h25 – Vândalos viram carro que seria incendiado depois

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https://videos.abril.com.br/veja/id/f2ffd964b95c52bebf2e2b1e6259a3ca

20h50 – Carro é incendiado no entorno do Alerj

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https://videos.abril.com.br/veja/id/1d6e1aa45ec21fa557db830e4d6062e1

21h10 – Bombeiros chegam e são ovacionados pela multidão

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