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Rifado por Cunha, Quintão desiste de candidatura para apoiar governista

Deputado não é mais candidato a líder do PMDB na Câmara. Ao lado do ex-rival Picciani, quer impedir que Hugo Motta seja eleito para o cargo

Por Da Redação 22 jan 2016, 15h40

Em mais um capítulo da novela em que se transformou a disputa pela liderança do PMDB na Câmara, o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) desistiu nesta sexta-feira de brigar pelo comando da bancada. No ano passado, em um acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Quintão articulou a derrubada do líder Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e assumiu o posto por uma semana. Os dois travaram uma disputa e Picciani conseguiu reassumir o cargo, contando com um esforço pessoal de ministros da presidente Dilma Rousseff. Agora, em um rearranjo inesperado, Quintão e Picciani, até ontem adversários, decidiram caminhar juntos contra a campanha do candidato de Cunha, Hugo Motta (PMDB-PB).

A desistência de Quintão se dá dois dias após Eduardo Cunha colocar em prática a estratégia para derrotar Leonardo Picciani na briga pela reeleição. Por entender que o deputado mineiro não teria musculatura para derrubar Picciani, que está sendo amparado pelo governo, ele decidiu lançar um de seus principais aliados, Hugo Motta, ao posto. Quintão, conforme relatos de peemedebistas, ficou irritado com o abandono do presidente da Câmara.

O acerto entre os então adversários se deu de forma inusitada nesta sexta-feira. Ontem, Quintão e Picciani conversaram por telefone e marcaram um encontro para hoje. Ao tentar embarcar para Belo Horizonte, porém, o deputado fluminense se deparou com o aeroporto do Rio de Janeiro fechado. Diante da pressa em tirar um entrave de seu caminho, Picciani decidiu ir de carro até Juiz de Fora (MG) – mais de 150 quilômetros de distância – para encontrar Quintão, que também teve de se deslocar para a conversa ser viabilizada.

“Nós fizemos uma unidade pela união da bancada para discutir temas sobre o país. O Quintão teve grandeza nesse momento e eu estou o agradecendo pelo movimento. A gente viu que essa disputa levaria ao esfacelamento da bancada e partidário”, disse Picciani ao site de VEJA.

A candidatura de Quintão era respaldada principalmente por deputados pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff. Agora, eles vão reforçar a campanha de Hugo Motta. “Eu estou surpreso com essa posição do deputado. Mas, de qualquer forma, o meu objetivo é afastar o líder que é um assessor da Dilma e do governo, e não do PMDB”, afirmou o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS). “Ele não resistiu à má política, que é a do troca-troca e a do promete”, continuou. “Essa decisão mostra a falta de bússola do Quintão. Ele só leva o voto dele para o Picciani, da nossa turma não vai ninguém. A gente o colocou como candidato para representar a oposição a Picciani. Ele não uniu Minas e se bandeou. Acabou, não terá o voto de ninguém”, disse Osmar Terra (PMDB-RS).

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