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Reunião no Alvorada decide futuro de Orlando Silva

Presidente Dilma convocou ministros para encontro logo após desembarcar em Brasília. Queda de Orlando Silva pode ocorrer nas próximas horas

Por Gabriel Castro
20 out 2011, 21h40

Enquanto a situação do ministro do Esporte, Orlando Silva, se torna cada vez mais frágil, Dilma Rousseff convocou uma reunião com ministros para a noite desta quinta-feira, logo após desembarcar em Brasília. A presidente, que estava em viagem à África, reuniu-se com Gleisi Hoffmann (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gilberto Carvalho (Secretaria-geral da Presidência) para discutir a situação. O encontro ocorreu no Palácio da Alvorada e durou cerca de duas horas. Os ministros deixaram o local sem falar com a imprensa. O chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo, também esteve presente.

O mais provável é que Orlando Silva perca o cargo em decorrência da reportagem de VEJA que mostrou a existência de um amplo esquema de corrução no ministério. Embora tenha se esforçado para apresentar sua versão à imprensa e aos parlamentares, Orlando Silva foi atingido seriamente pela acusação de João Dias, integrante do PCdoB e responsável por duas Organizações Não-Governamentais (ONGs) que mantinham contrato com o ministério. Uma das dificuldades de sustituir Orlando Silva é a ausência de nomes, dentro do Partido Comunista, considerados adequados para o posto.

Mais cedo, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, reuniu-se no Palácio do Planalto com o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e as ministras Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Ideli Salvatti, de Relações Institucionais. No encontro, Carvalho garantiu ao comunista que a relação entre o partido e o governo se mantém sólida.

Crise real – Segundo o ministro, o Planalto não pensa em tirar o Ministério do Esporte da legenda. “Nós temos uma relação histórica com o PCdoB e não é uma crise como essa que vai abalar essa relação”, afirmou. Gilberto Carvalho acrescentou que caberia à presidente Dilma qualquer definição sobre o futuro de Orlando Silva. “Nós estamos vivendo uma crise real, mas é preciso serenidade, porque se trata de um ser humano e de um governo que é sério”, destacou.

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Na edição de VEJA desta semana, João Dias, responsável por duas entidades que receberam dinheiro da pasta, relatou que o PCdoB usava os convênios para fazer caixa de campanha. Das verbas destinadas às ONGs, até 20% eram desviados.

O próprio ministro recebeu uma caixa repleta de dinheiro, de acordo com uma das testemunhas do caso. Orlando Silva nega todas as acusações e diz que João Dias é um “bandido” que não tem qualquer credibilidade.

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