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Resolução do PT não faz defesa de Dirceu

Documento da Executiva Nacional do partido não cita ex-ministro condenado no julgamento do mensalão e que foi preso de novo, agora na Operação Lava Jato

Por Da Redação
4 ago 2015, 21h28

A Executiva Nacional do PT divulgou na tarde desta quinta-feira uma resolução em que não menciona o ex-ministro José Dirceu, preso na 17ª fase da Operação Lava Jato. Em nenhum momento do documento há uma defesa enfática do petista. “O PT assumiu a defesa de todas as pessoas que estão sendo criminalizadas antes do julgamento”, justificou o secretário de comunicação do partido, José Américo Dias.

No documento aprovado, o PT se diz favorável à apuração de “quaisquer crimes envolvendo apropriação privada de recursos públicos e eventuais malfeitos em governos”, assim como punição para corruptos e corruptores. “Mas não admitimos que isso seja realizado fora dos marcos do Estado Democrático de Direito”, diz o texto.

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O partido condena a violação da presunção de inocência, o “espetáculo jurídico-político-midiático” e a definição de delação premiada como “prova cabal” contra os acusados. “Se as prisões preventivas sem fundamento são feitas e prolongadas para constranger psicologicamente e induzir denúncias, tudo isso que se passa às vistas da cidadania, não é a corrupção que está sendo extirpada. É um estado de exceção sendo gestado em afronta à Constituição e à democracia”, aponta a Executiva.

O PT menciona o ataque ao Instituto Lula e critica a “conivência silenciosa de certos meios de comunicação e partidos” com o atentado “de caráter fascista”. Na avaliação dos dirigentes, há um clima de intolerância e ódio que agrava os problemas que o país vem vivendo.

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Outro ponto destacado no documento é a necessidade de reorientação da política econômica. Apesar de elogiar a redução da meta do superávit primário e o programa de proteção ao emprego, os petistas consideram que é preciso reverter a política de juros, baixar as taxas para o crédito consignado e defende a taxação de grandes fortunas.

Acordo – Apesar de haver vozes na reunião que pregaram a defesa pública de Dirceu, acabou-se chegando a um acordo para que o nome do ex-ministro não fosse destacado no documento. Após a reunião da Executiva, o secretário de comunicação petista disse estar convencido de que Dirceu prestou consultoria e que tem todas as condições de provar seu trabalho. “A JD era um trabalho profissional. Não se pode criminalizar a consultoria”, declarou.

Em entrevista coletiva, o presidente nacional da sigla, Rui Falcão, adotou um tom protocolar sobre a prisão do ex-ministro. Questionado todo tempo sobre o episódio, Falcão defendeu que o ônus da prova é de quem acusa e que cabia ao petista preso fazer o contraditório.

“Pra mim, qualquer pessoa que seja acusada é inocente até que provem o contrário”, declarou. “Dirceu e todos os acusados são inocentes, não são réus, até que se prove o contrário”, emendou.

(Com Estadão Conteúdo)

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