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Renan lidera articulação para derrubar sessão sobre vetos nesta terça

Presidente do Senado afirmou que Congresso tem de fazer um apelo pela responsabilidade fiscal. Governo também trabalha pelo adiamento da sessão

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 set 2015, 12h55

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), assumiu nesta terça-feira a frente da articulação para derrubar a sessão do Congresso agendada para apreciar vetos presidenciais que, se derrubados, podem ter um impacto bilionário para os cofres da União. Uma decisão oficial sobre o adiamento da sessão vai ser anunciada depois de uma reunião do senador com líderes partidários. Antes do encontro, ele defendeu abertamente o adiamento da sessão, alegando que os parlamentares não devem “potencializar” a crise política e econômica. “Chegou a hora de fazermos um apelo pela responsabilidade fiscal. Por causa desse risco enorme da desarrumação fiscal e da potencialização da crise não reunimos o Congresso Nacional há seis meses. Se for necessário, passaremos mais tempo cedendo a um apelo à responsabilidade fiscal”, disse ele. Nos bastidores, o governo trabalha para derrubar a sessão, seja adiando-a por acordo seja derrubando o quórum para qualquer deliberação.

Está agendada para a noite de hoje a sessão em que deputados e senadores vão discutir se mantêm ou não a decisão do Poder Executivo de barrar o reajuste salarial de até 78,5% a servidores do Judiciário e de derrubar outros temas que comprometem o caixa governamental, como o que flexibiliza o fator previdenciário. Os dois temas causam pavor no Palácio do Planalto, que tenta conter o descrédito dos investidores e segurar a escalada do dólar.

A possível derrubada de vetos presidenciais foi um dos principais temas discutidos na reunião semanal de coordenação política nesta segunda entre Dilma e seus ministros mais próximos. O clima entre as cúpulas da Câmara, do Senado e do governo é o de que a votação de pautas bombas pode agravar ainda mais a situação do país. Hoje o dólar rompeu a barreira de 4 reais, o maior patamar da história.

“Queremos ajudar e a maior sinalização que o Congresso pode dar hoje é a de que não quer que o Brasil aumente o seu risco. E realizar a sessão do Congresso Nacional é potencializar o risco do Brasil. Mais do que nunca é preciso fazer um apelo à responsabilidade fiscal. Não podemos aumentar o risco do Brasil e o Congresso fará o que for possível para que não agravemos essa situação”, disse Renan Calheiros.

Na manhã desta terça, o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também defendeu que não seja realizada a sessão do Congresso. “[Derrubar] o veto vai ser ruim. Do ponto de vista pragmático, acho melhor não correr esse risco [de realizar a sessão] e adiar porque, se o governo perder, essa sinalização para o mercado vai ser horrorosa”, declarou. “A situação já tem uma instabilidade e você não deverá correr muitos riscos. Para não correr riscos, o ideal é que ele [Calheiros] adie”, completou.

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