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Renan alfineta Cunha: ‘Caprichos não podem estar acima dos interesses do país’

Deputados condicionam análise de item da pauta-bomba à votação da emenda constitucional que libera financiamento empresarial em eleições

Por Carolina Farina 30 set 2015, 16h16

Diante do impasse com a Câmara dos Deputados sobre a votação dos vetos presidenciais, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mandou nesta quarta-feira um recado para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “A política não pode colocar seus caprichos acima dos interesses do país”, afirmou o senador.

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Liderados por Cunha, os deputados condicionam a análise do veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste do Judiciário à votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que libera o financiamento de campanhas por empresas.

A votação estava marcada para a manhã desta quarta, mas foi adiada depois de uma manobra de Cunha, que convocou uma sessão deliberativa extraordinária para o mesmo horário da sessão do Congresso. Pela manhã, os líderes das bancadas na Câmara se reuniram com o vice-presidente, Michel Temer, para tratar do tema. Na sequência, estiveram com Renan para uma nova rodada de conversas.

“Assumimos um compromisso para que, se a PEC for votada, conversaremos com Eduardo Cunha para restabelecer o entendimento pela apreciação dos votos”, resumiu o líder da minoria na Câmara, Bruno Araújo (PE). Agora, Renan se reúne com os líderes das bancadas no Senado na tentativa de chegar a um acordo. Apesar do impasse, Renan negou que haja uma disputa política e disse que está disposto a viabilizar a votação da PEC.

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A PEC cuja análise é pleiteada pela Câmara autoriza a doação de dinheiro por empresas a partidos políticos – e é vista como uma maneira de reverter a posição do Supremo Tribunal Federal sobre o tema. Por maioria de votos, 8 a 3, o STF alterou o sistema de arrecadação de partidos e campanhas eleitorais e proibiu a possibilidade de empresas fazerem repasses financeiros.

Parlamentares chegaram a sugerir que a sessão dos vetos fosse transferida para a próxima terça-feira – o roteiro proposto prevê que a PEC do financiamento seja analisada e promulgada até sexta-feira. Mas Renan ainda tenta um acordo para que o tema seja analisado na noite desta quarta. “O impasse não interessa ao país. É preciso avançar na votação dos vetos, mas o Congresso também precisa definir a questão da doação para as campanhas”, afirma o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).

Questionado se a sessão do Congresso desta quarta estava mantida, Renan disse que vai esperar. “Para avançarmos na apreciação da PEC é preciso que haja um acordo de procedimento”. O senador reforçou a necessidade da análise dos vetos afirmando que essa seria uma importante sinalização para o país. “A política pode tudo, só não pode colocar seus caprichos acima dos interesses do país. É importante votarmos. Vamos esperar”, afirmou Renan.

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