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PT suspende e tira das eleições deputado que se reuniu com PCC

Partido decide afastar deputado estadual Luiz Moura por 60 dias. Ele ficará de fora da lista de candidatos a ser enviada à Justiça Eleitoral até o fim deste mês

Por Felipe Frazão 2 jun 2014, 16h09

Atualizada às 18h

A Comissão Executiva do PT de São Paulo decidiu nesta segunda-feira suspender do partido por sessenta dias o deputado estadual Luiz Moura. Ele foi flagrado pela Polícia Civil em uma reunião com suspeitos de integrar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), na Zona Leste da capital paulista. Com a medida, o partido também negou a legenda para que Moura dispute as eleições em outubro – ele pretendia concorrer ao cargo de deputado estadual novamente. A intenção era que Moura fizesse uma dobradinha com o irmão, o vereador Senival Moura (PT), que pretende se eleger deputado federal.

O afastamento de Moura foi votado e aprovado por unanimidade pela Executiva paulista do PT, apesar de o deputado ter apresentado defesa na reunião. Ex-presidiário, Moura nega relação com o crime organizado. As denúncias contra ele também serão apuradas por uma comissão do partido. O parlamentar ainda poderá ser expulso do PT.

“O PT não dará legenda para ele ser candidato, e, durante esse período, vamos fazer o procedimento disciplinar que pode resultar em penalidade máxima. Pela gravidade da situação, essa averiguação vai ser conduzida pela Executiva estadual”, disse o presidente do PT paulista, Emídio de Souza, que afirmou ter consultado também a direção nacional da sigla sobre as denúncias contra Moura. “Não vamos ter complacência com mal feito”.

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Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Moura esteve presente em uma reunião na sede da cooperativa de ônibus Transcooper com cerca de dez suspeitos de ligação com o PCC. O Deic investigava a participação da facção nos ataques incendiários a ônibus na capital paulista. O deputado e o irmão, o vereador Senival Moura (PT), são ligados a cooperativas de transportes que mantêm contratos com a prefeitura de São Paulo. Ambos têm base eleitoral no extremo Leste da cidade, no bairro de Guaianazes, e também em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo.

Em nota publicada em sua página no Facebook, Luiz Moura disse ter protocolado documento no Ministério Público de São Paulo, por meio do qual se compromete a colaborar com possíveis investigações: “Me coloco à inteira disposição para esclarecer, informar e fornecer quaisquer documentos que se fizerem necessários para provar a inveracidade dos fatos noticiados pela imprensa sobre minha pessoa”.

Cadeia – Luiz Moura já foi preso e condenado por assalto a mão armada no Paraná e em Santa Catarina, antes de entrar na política. Ele fugiu da prisão e, mais de uma década depois, recebeu perdão judicial. Moura filiou-se ao PT em 2006 e elegeu-se deputado estadual em 2010, com 104.705 votos. Na campanha, teve ajuda financeira de figurões do partido, como o deputado licenciado Jilmar Tatto, atual secretário municipal de Transportes, os ministros Marta Suplicy (Cultura), Aloizio Mercadante (Casa Civil), os mensaleiros João Paulo Cunha e José Genoino, e os deputados federais Arlindo Chinaglia, Cândido Vaccarezza, Carlos Zarattini e Devanir Ribeiro. As doações foram feitas por meio dos comitês de campanha.

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