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PT escala ‘garçom’ para relatoria da CPI da Petrobras

Conhecido como mero 'cumpridor de ordens' do Palácio do Planalto, deputado petista Luiz Sérgio (RJ) foi um articulador político atrapalhado e acabou demitido até do Ministério da Pesca

Por Marcela Mattos e Gabriel Castro, de Brasília
24 fev 2015, 12h44

Deputado de quinto mandato, Luiz Sérgio (RJ) foi o escolhido pela bancada do PT e pelo Palácio do Planalto para ser o relator da nova CPI da Petrobras, que começa na quinta-feira. Apelidado de “garçom” – aquele que só anota os pedidos – quando foi ministro de Dilma Rousseff, Luiz Sérgio tem no currículo uma passagem desastrada como articulador político do governo e também comandou a pasta da Pesca até março de 2012 – foi demitido para ceder a cadeira a Marcelo Crivella, do PRB.

O nome do parlamentar fluminense, inicialmente, não era discutido pelos petistas, mas entrou em negociação a pedido do PMDB. A costura foi feita entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o líder peemedebista, Leonardo Picciani (RJ), e o líder petista, Sibá Machado (AC).

O PT indicou ainda para preencher suas cadeiras na CPI os deputados Afonso Florence (BA) e Valmir Prascidelli (SP), que serão titulares, além de Maria do Rosário (RS), Jorge Solla (BA) e Leo de Brito (AC) como suplentes.

Luiz Sérgio dividirá o comando da CPI com o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), outro nome escolhido por Cunha como um prêmio pela atuação na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, colegiado que, nas mãos do PMDB, impôs uma série de derrotas ao governo. Motta promete embates caso o PT “não queira investigar”.

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Há duas semanas, em discurso na tribuna da Câmara, Luiz Sérgio disse o que pensa sobre as denúncias envolvendo a estatal: “A Petrobras precisa ser defendida, e o que ela sofre hoje é um ataque dos mesmos que, em 1953, eram contra a sua criação e afirmavam que não existia petróleo, os mesmos que afirmavam que o pré-sal era uma peça de ficção”. O petista também tentou dividir a responsabilidade pela corrupção na estatal com o governo Fernando Henrique Cardoso. “A corrupção não é algo que se tenha iniciado agora”, disse ele. No mesmo pronunciamento, acusou a oposição de defender interesses obscuros: “Quando eles vêm aqui e atacam a presidente Dilma e o presidente Lula, é porque não têm coragem de deixar de maneira muito clara que estão defendendo a privatização (da Petrobras)”.

Leia mais: ‘Teremos disputas se o PT não quiser investigar’, diz Motta

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