PT e PMDB entram em guerra por cargos do 2º escalão
Partido de Dilma avança sobre cargos que hoje pertencem ao aliado - e os peemedebistas prometem reagir, segundo jornal
Após semanas de trabalho para conciliar as exigências de partidos da base – e até mesmo do PT – na formação de sua equipe ministerial, a presidente eleita Dilma Rousseff não terá descanso tão cedo. A briga dos aliados agora é pelos chamados cargos do segundo escalão, que incluem o comando de fundações e estatais. Novamente, PT e PMDB são os principais protagonistas da disputa. O partido de Dilma tem avançado sobre cargos que pertenciam aos peemedebistas – e provocado a ira dos aliados.
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De acordo com a edição desta quinta-feira do jornal O Estado de S. Paulo, um dos principais pontos da disputa é a Saúde. O PMDB desistiu de pleitear o comando do ministério de olho na chefia da Secretaria de Atenção à Saúde, considerada um posto estratégico da pasta. A secretaria, porém, está prestes a ser entregue ao novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. E os peemedebistas agora acusam o PT de aparelhamento da pasta.
Ainda segundo o jornal, o PMDB esperava manter Alberto Beltrame no comando Secretaria de Atenção à Saúde – responsável pela definição das regras e valores das tabelas do Sistema Único de Saúde (SUS) -, mas Padilha tem outros planos para o setor. O novo ministro deve indicar Helvécio Magalhães, do PT mineiro.
O PMDB avalia até mesmo vingar-se dos petistas por meio das votações no Congresso, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Em Brasília, acredita-se que a votação do valor do novo salário mínimo possa ser utilizada como “troco” ao PT, que pretende aprovar um piso de 540 reais.
Outro posto em que o domínio do PMDB está ameaçado é a presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Fontes disseram ao Estado de S. Paulo que o partido se mantém “disciplinado, aguardando”, mas não escondem o descontentamento com o avanço petista. “Querem tirar nosso oxigênio na política”, disse um peemedebista. Por oxigênio, entenda-se verbas do Orçamento e cargos.