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PSDB vira a ‘noiva da vez’ na eleição da Câmara

Tucanos anunciaram apoio à chapa de Julio Delgado (PSB), mas perda de força da candidatura intensificou assédio dos dois adversários na reta final

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 jan 2015, 19h02

Com uma bancada de 54 deputados, o PSDB passou a ser cortejado como nunca na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Embora tenha anunciado apoio ao candidato Julio Delgado (PSB-MG), o partido sofre intenso assédio de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que no início da semana se reuniu com a bancada paulista e ofereceu a vice-presidência da Casa em troca da parceira. E Cunha não é o único: aliados de Arlindo Chinaglia (PT-SP) também negociam com os tucanos.

Nesta quinta-feira, Chinaglia ligou para o líder do PSDB, Antônio Imbassahy (BA) – algo que não acontece no cotidiano. “Nós conversamos longamente sobre questões institucionais. Mas, se ele toma a iniciativa de ligar para mim, é porque naturalmente quer uma aproximação”, disse Imbassahy ao site de VEJA.

Leia também: No Senado, PMDB antecipa reunião para fechar apoio a Renan

Na última segunda-feira, Cunha também buscou votos dos tucanos em uma reunião em São Paulo. Após o encontro, boa parte dos deputados chegou a defender a retirada da candidatura de Delgado, considerada enfraquecida nesta altura da corrida, e cogitaram uma debandada em direção ao peemedebista. O movimento pró-Cunha tem a articulação de influentes nomes tucanos, entre eles o deputado Carlos Sampaio (SP), que deve ser o próximo líder do partido nesta legislatura.

Os tucanos estão no centro da disputa não apenas pelo tamanho da bancada, mas também pela constatação de que a candidatura de Delgado está fragilizada às vésperas da eleição, o que provoca a antecipada costura do apoio do partido em um segundo turno sem a sua participação do socialista.

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Para cobrar a fidelidade do partido, o senador Aécio Neves (MG), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e os governadores Marconi Perillo (GO) e Beto Richa (PR) iniciaram uma força-tarefa ligando para deputados de seus Estados pedindo o cumprimento do voto – que é secreto.

“Inocente é aquele que disputa esse processo e acha que não haverá dissidência nos blocos. Será que meus concorrentes imaginam que não haverá defecções? O que eu posso afirmar é que o nosso bloco é o que terá o menor número de defecções”, disse Delgado nesta quinta-feira.

O candidato afirmou nesta tarde que não cogitou desistir da candidatura e, em um gesto para tentar dar musculatura à campanha, anunciou que o processo de coleta de assinaturas para formalizar o bloco já está em andamento. O arco de apoios do candidato é composto por PSB, PSDB, PPS e PV. A aliança será oficializada no domingo, poucas horas antes da eleição.

Ainda em busca de conter as dissidências, Delgado passou a enviar, pelo serviço de mensagens Whatsapp, vídeos personalizados pedindo votos aos deputados. Foram cerca de 400 gravações diferentes, todas cumprimentando o parlamentar nominalmente.

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