PSDB vai defender mínimo de 600 reais no Senado

Tucanos fecharam questão nesta terça-feira. Na Câmara, DEM protesta contra artifício usado para apressar aprovação do reajuste proposto pelo governo

Por Gabriel Castro
8 fev 2011, 16h47

A bancada do PSDB no Senado vai defender um salário mínimo de 600 reais para 2011. O valor, prometido pelo candidato tucano à Presidência, José Serra, é 55 reais maior do que o proposto pelo governo federal. “Há espaço, sim, para um salário mínimo melhor. O governo tem outras áreas a cortar”, afirmou nesta terça-feira o líder tucano no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR). Ele sabe, no entanto, que a postura do partido representa apenas um posicionamento simbólico, já que a maioria governista deve aprovar o mínimo de 545 reais.

Os senadores tucanos, que se reuniram na tarde desta terça-feira, também reafirmaram a disposição de ficar com a presidência da Comissão de Infraestrutura – posto que também era cobiçado pelo PT. Pelo critério da proporcionalidade, o cargo é do PSDB. Mas os petistas ainda tentam construir um acordo para ficar com o posto.

DEM – Na Câmara dos Deputados, o DEM promete se opor à tentativa do governo de apressar a aprovação do Projeto de Lei que reajusta o salário mínimo para 545 reais. Como há mais de dez medidas provisórias na fila, os governistas devem convocar uma sessão extraordinária para votar o PL do mínimo em regime de urgência. O líder do DEM, ACM Neto, diz que o partido não aceita o uso do artifício – que não é inédito. “O governo tem todo o direito de defender o salário mínimo que acha correto. Mas não pode, jamais, suprimir o debate. As MPs que trancam a pauta têm que ser examinadas primeiro. É o tempo em que vamos fazer o debate e chegar a um valor que seja razoável”, declarou, nesta terça-feira.