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PSDB pedirá depoimento de diretor-geral do Dnit

General Jorge Fraxe, revelou VEJA, é acusado de montar uma entidade que aceitou pagar propina em troca de contrato com Ministério dos Transportes

Por Luciana Marques
3 out 2011, 19h48

O PSDB vai protocolar nesta semana um requerimento para convidar o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), general Jorge Fraxe, a prestar esclarecimentos sobre reportagem de VEJA desta semana. De acordo com a reportagem, o diretor é acusado de montar uma entidade que aceitou pagar propina em troca de um contrato milionário com o Ministério dos Transportes.

O líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), quer que Fraxe preste depoimento nas comissões de Fiscalização Financeira e Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. “As investigações sobre o Dnit precisam prosseguir porque o órgão se configurou como um dos principais focos de corrupção do governo. É preciso que as denúncias sejam investigadas com lupa”, afirmou o deputado.

O que diz a reportagem de VEJA – O general Jorge Fraxe, que assumiu o cargo há pouco mais de um mês, acompanhou de perto a fundação do Instituto Nacional de Desenvolvimento Ambiental (Inda), em outubro do ano passado. Apesar de não ter vínculo oficial com a ONG, era avisado sobre todos os atos administrativos envolvendo a entidade.

No início deste ano, os representantes do Inda negociavam com o Dnit a assinatura de um convênio na Bahia, quando foram informados da cobrança de propina. Eles deveriam pagar 300.000 reais, ou seja, 5% do valor total do contato, para duas funcionárias do Dnit – Aline de Freitas e Juliana Karina.

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Preocupado, o diretor administrativo do Inda, Mardel Moraes, disse que procurou o general Fraxe para alertá-lo sobre o caso. Na ocasião, o general explicou que nada podia fazer. “Ali eu percebi que a coisa estava combinada entre todos e decidi sair”, conta Mardel.

Aline de Freitas, que hoje é subordinada direta de Fraxe, negou as acusações. A assessoria do Dnit informou ao site de VEJA que a funcionária deverá continuar no cargo porque não há denúncia formal contra ela.

Ministério Público – O PPS ingressou nesta segunda-feira com representação na Procuradoria da República no Distrito Federal (PR-DF) para que seja investigada a ligação de Jorge Fraxe com a ONG INda. “Na hipótese de serem verdadeiros os fatos articulados na reportagem da revista, é possível cogitar-se, pelo menos em tese, da prática de vários crimes contra a administração pública, tais como corrupção ativa, concussão e corrupção passiva, ainda que na forma tentada”, diz o texto assinado pelo lídero do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR). “Se for confirmado o vínculo entre o general e o Inda é preciso investigar também qual a relação dele com a suposta negociação de propina com funcionárias do órgão que ele hoje dirige, diz o parlamentar.

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