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PSDB e DEM ensaiam discurso pós-oposição. PT segue perplexo

Senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu unidade nacional após decisão do Senado que confirmou a suspensão do mandato de Dilma

Por Da Redação 12 Maio 2016, 09h07

Depois de quase catorze anos na oposição, as legendas adversárias do PT preparam-se agora para mudar de lado – e colaborar com o governo interino de Michel Temer, que será notificado sobre o afastamento de Dilma Rousseff às 11h desta quinta-feira. Derrotado pela hoje afastada presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu unidade nacional após decisão do Senado que confirmou a suspensão do mandato de Dilma. “É preciso que todos nós nos unamos, todos nós possamos dar nossa contribuição para que essa nova página seja escrita”, afirmou.

Aécio prevê que o afastamento de até 180 dias seja um caminho sem volta para Dilma e que, portanto, Temer conclua o mandato de sua antecessora. O tucano evitou falar de participação direta no governo do peemedebista e disse que a contribuição que seu partido poderá dar será refletida no apoio à aprovação de propostas estruturantes, como a reforma política. “O que esperamos é que o governo que agora assume, com base no que determina a Constituição, se coloque à altura das expectativas e dos enormes desafios do país. Um governo enxuto, um governo efetivo do ponto de vista das propostas que venha a apresentar e que já hoje, no máximo amanhã, apresente ao Congresso Nacional um conjunto de medidas que sinalize de forma clara para o início de uma nova fase na história do Brasil”, afirmou o tucano.

Na mesma linha, o líder do DEM, senador Ronaldo Caiado (GO), fala em “avaliar” as propostas do governo Temer e cobra que o novo presidente coloque em prática a pauta construída pelos movimentos de rua e pela sociedade brasileira. Assim como Aécio, ele cobra que o peemedebista reduza a máquina pública. “Agora a responsabilidade do novo presidente Michel Temer é fazer sua tarefa de casa, cortar na carne, cortar ministérios, cortar mordomias e comissionados. É mostrar exatamente à população que nós não podemos mais conviver com a prática nem o modelo político-partidário implantado pelo PT”, afirmou.

Já entre os poucos aliados de Dilma que restaram, o clima é de perplexidade e de procura por uma solução que evite a confirmação do impeachment da petista. Líder do governo no Senado, Humberto Costa (PE) voltou a falar em “golpe” contra a presidente afastada e prevê uma “luta” em diversas frentes – no Congresso, nas ruas e no poder Judiciário. Ele, porém, não disse se o partido irá recorrer da decisão e admite dificuldade em reverter o resultado: “Em princípio, o Supremo Tribunal Federal tem dito que esse é um problema que o Senado tem de resolver”, afirmou.

Em momento raro no PT, Costa ainda reconheceu os equívocos da gestão de Dilma que levaram ao seu afastamento: “O governo, na sua relação com o Congresso Nacional, deixou a desejar. Nós não tivemos o diálogo que era necessário, falhamos na comunicação com a sociedade, erramos vários pontos na política econômica e chegamos a essa situação”, afirmou. O líder petista, por outro lado, exaltou políticas públicas do governo do PT e evitou o tom derrotista: “Muito em breve nós vamos estar de volta”, ameaça.

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