PSC de Pastor Everaldo anuncia apoio a Aécio
Aliança foi costurada pelo próprio tucano, em telefonema ao candidato derrotado. Sigla justifica decisão afirmando que 'PT é corrupto'
O vice-presidente nacional PSC, Pastor Everaldo, anunciou nesta quarta-feira que a legenda apoiará o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, neste segundo turno. A sigla apresentou o próprio Everaldo como candidato no primeiro turno – ele conseguiu cerca de 780.000 votos, ou 0,75% do total – e decidiu integrar o leque de alianças do tucano no turno suplementar por alegar que o PT, da presidente-candidata Dilma Rousseff, é “corrupto”.
“O partido, ouvindo todos os representantes nos Estados, ouvindo seus presidentes, a bancada e a Executiva Nacional, decidiu que a melhor opção para o nosso Brasil, a opção de modernidade para o país, a melhor opção de cuidar dos pobres e mais necessitados, a opção de cuidar dos empreendedores, a opção para extirpar a corrupção, para retornar a credibilidade do país no exterior, para que haja oportunidade para todos os brasileiros, fez a opção por apoiar o senador Aécio Neves”, anunciou o dirigente partidário.
As tratativas do PSDB para conseguir apoio a Aécio no segundo turno ganharam corpo após pesquisas de intenção de voto terem detectado o crescimento da preferência do eleitorado pelo tucano. Na última segunda-feira, o próprio Aécio telefonou para o Pastor Everaldo para pedir apoio ao PSC. De acordo com pastor, as sucessivas denúncias de corrupção em esquemas protagonizados pelo PT foram os motivos mais relevantes para que o partido, que já integrou a base de apoio de Dilma no Congresso Nacional, tenha optado pelo PSDB. “Nunca houve na história desse país tanta corrupção”, disse.
Ao contrário do PSB, que deve confirmar o apoio a Aécio Neves após o tucano se comprometer com bandeiras da sigla, como o fim da reeleição, o PSC disse que não pretende fazer qualquer exigência nem sugerir alterações no programa de governo do senador. Ao final do primeiro turno, Aécio Neves teve 33,55% dos votos, mais de 11 milhões de votos a mais que a terceira colocada, a ex-senadora Marina Silva (PSB). A petista Dilma Rousseff terminou na primeira colocação, com 41,59% ou 43,2 milhões de votos.